Dia especial com pessoas
especiais
Cinara Tonello Postringer
No dia 05 de junho de 2019,
uma quarta-feira de sol e temperatura agradável, realizamos um passeio – uma viagem
cultural à Porto Alegre de Mario Quintana –. Eu, os alunos da UNAPI – meus
novos amigos da terceira idade –, juntamente com a professora Cristina Rosa,
minha orientadora e amiga, alguns colegas PET Educação (Alisson, Débora e
Mariana) e Ieda, minha companheira de trabalho e leitura se fizeram presentes.
Nesse dia, vivi momentos
particulares, difíceis de serem externados. O olhar de cada um demonstrava as
emoções e as experiências vividas.
Na noite anterior, quase
não dormi, com medo de perder a hora. Acordava de hora em hora e averiguava. Finalmente,
às 4 horas da madrugada, chegou a hora de me arrumar. Depois, pegar a lista de
chamada, números de telefones para contato, em caso de alguma necessidade e, pronta,
rumei ao Museu do Doce, o ponto de encontro e saída de todos.
Chegada à hora de partida,
todos a bordo.
Ainda estava noite e frio.
Todavia, isso era apenas um detalhe, pois a vontade de conhecer a Casa de Cultura
Mario Quintana era tão grande que todo o resto passou despercebido. A preocupação
e a responsabilidade para que todos estivessem bem e confortáveis era grande,
pois são pessoas especiais e precisam de carinho e atenção. Assim, conferi se
todos estavam lá, através da chamada.
Próxima parada foi o Paradouro
em Cristal para o café. Depois, só Porto Alegre.
Quase chegando, a ponte
levadiça do Rio Guaíba se ergue para a passagem de lindos navios e ocasiona um
atraso de meia hora em nosso itinerário.
Na CCMQ, a guia Maria
Helena estava a nossa espera. A chegada foi rápida, o motorista do ônibus era
atencioso com todos, sempre auxiliando os passageiros no embarque e desembarque.
A imagem de um grande prédio rosado com uma espécie de ponte ligando as alas
por cima de uma rua, com um teto abobadado em uma das torres, detalhes
arquitetônicos incríveis antes vistos apenas por fotos, se apresentou para nós.
Na entrada, a emoção
aumenta.
A guia dá início à
narrativa sobre o prédio, construído com o intuito de obter renda familiar. Na
época, não imaginavam que, futuramente, poderia ser a casa de um homem que passou,
ao longo da vida, por algumas dificuldades financeiras, mas veio a se tornar um
renomado poeta.
O hotel Majestic foi construído
em 1916 no centro cultural da capital do Estado do RS. Teve seu auge nos anos
30, 40 e 50 dos século XX. Tempos depois, se tornou a casa do poeta. Depois de
sua morte, transformou-se na CCMQ. Nela, observamos o cuidado com a preservação
dos seus poemas, expostos em todas as partes, seu quarto, a bengala e outros
objetos expostos. A casa é toda Mário Quintana.
Por volta das 12 horas e
trinta minutos, a fome bateu. Nos deslocamos para almoçar em um lugar lindo, na
Orla do Rio Guaíba, mais um lugar turístico da cidade. Já estavam a nossa
espera.
Depois do rico almoço, fomos
para a UFRGS conhecer a UNAPI, onde passamos o resto do dia, passeando e
participando de Seminários, Palestras, aulas e uma Oficina de Fotografia.
Ao fim do dia, hora de
voltar.
A sensação de tarefa
cumprida e o gostinho de quero mais tomou conta de mim.
Encerro aqui o meu memorial,
como lembrança um trechinho de um dos poemas que mais me emocionou no dia.
O Mapa
Olho o mapa da cidade
Como quem examinasse
A anatomia de um corpo...
(E nem que fosse o meu
corpo!)....
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