Iniciação Científica: uma das atividades PET Educação


O PET Educação estará realizando, na última semana de setembro e nas três que antecedem a SIIEPE UFPel, um intenso programa de ensaios para as apresentações orais no evento mais importante da Instituição.
Intitulado Pré-SIIEPE, a atividade consta da apresentações dos trabalhos inscritos e aprovados, aberto ao público da universidade: estudantes, familiares, convidados, docentes e TAES.
O cronograma está assim organizado:
25/09, 17 horas:
1º momento: Apresentação da Dissertação em Educação intitulada Sucesso escolar de alunos dos meios populares: mobilização pessoal e estratégias familiares, de autoria de Adriana Da Silva Alves Pereira, Defendida Na PUC Minas Em 2005. Leitoras: Paloma Wiegand e Luzia Brandt Martins
Apresentação 1: A Literatura Infantil enquanto ferramenta interdisciplinar de ensino no contexto da revolução científica, por Alisson Castro Batista;
Apresentação 2: Um olhar sobre a literatura indígena, Alessandra Steilmann.

02/10 - 17 horas
Apresentação 1: Autismo na escola: o que dizem as professoras? Por Mariana Gonçalves Paz
Apresentação 2: Inspirações para ler: o que dizem os estudantes de Pedagogia da FaE/UFPEL? Por Angélica Dos Santos Karsburg
Apresentação 3: Repertório literário de estudantes de pedagogia da faculdade de educação em 2018, por Débora Monteiro

09/10, 17 horas:
Apresentação 1: Há “livros para bebês” no acervo da sala de leitura Erico Verissimo? Por Cinara Tonello Postringer e Paloma Evelise Wiegand.
Apresentação 2: Caminho das Pedras: Quilombolas na biblioteca escolar, por Fernanda Vieira dos Santos.

16/10, 17 horas:
Apresentação 1: Futuros(a) pedagogos(a) FaE/UFPel: o que fazem paralelo à graduação? Por Estefânia Alves Konrad e Luzia Martins.
Apresentação 2: A leitura de estudantes de Pedagogia em 2019: primeiro e segundo semestre, por Valdoir Simões Campelo
Apresentação 3: Há livros “para meninas” na sala de leitura Erico Verissimo? Por Jéssica Corrêa Ribeiro

Uma escola leitora: mais um projeto do PET Educação


Literatura na Escola: o PET Educação e a formação literária
Cristina Maria Rosa

FUNDAMENTOS TEÓRICOS
Deleite é contato prazeroso com o artefato cultural mais importante de nossa cultura escrita: o livro. Deleitar-se é encantar-se, envolver-se abraçar-se com uma obra, advindo dela infindáveis relações de pertença: prazer, mágoa, dor, angustia, solidão, saudade, tristeza, alegria. Deleitar-se não é apenas sentir prazer, alegria. Como salienta Maria Silvia Oberg (2007, p. 23), "a fruição é um ato abrangente, que articula várias dimensões do sujeito: sensorial, afetiva, intuitiva, lógica, imaginativa, cultural, intelectual, entre outras".
Sobre a qualidade dos textos literários para a pequena infância, autores têm defendido que a qualidade consiste na possibilidade da história produzir um efeito humanizador no pequeno leitor, sem que haja a necessidade de uma mensagem moralizante ou pedagógica explícita e nem o apoio de imagens, sem o qual o texto não se sustentaria (BORBA DE MORAIS, 2018).
Para a escolha de obras infantis, Cristina Rosa (2015) indica critérios literários, entre eles, longevidade, expressão inusitada e/ou linguagem metafórica, inesgotabilidade, valor histórico e documental; magia, vínculo com a ancestralidade e fazer pensar. A pesquisadora preconiza que a humanidade – suas emoções fundantes como o medo do abandono e da morte, por exemplo – é matéria primordial da literatura e a obra literária é o melhor caminho para ensinar a gostar de ler, uma vez que esse atributo não é genético, precisa ser ensinado, antropologicamente, a cada novo humano em sociedade.
Possivelmente muitos adultos – pais e professores, preponderantemente – não consigam articular estes saberes quando da escolha de livros a serem apresentados aos seus. E, na maioria das vezes, indicam ser difícil ou impossível dialogar com as meninas e os meninos, na escola e fora dela, sobre temas como abandono, maus tratos e morte, por exemplo.
Para se tornar capaz de formar leitores com obras que reverberem por toda a vida de leitor de cada um que passa pela escola, é necessário formação intelectual. Um exemplo é o projeto “Uma escola Leitora”, que o PET Educação apoiado pelo GELL vem desenvolvendo em 2019 na Escola Municipal de Ensino Fundamental Nossa Senhora de Lourdes.

PROJETO
O Projeto “Uma escola Leitora” surgiu do interesse de ter, na escola, mais intensas e qualificadas práticas de leitura entre os docentes. Assim, a Coordenadora, professora Adriana Costa Silveira convidou o PET Educação a se fazer presentem, mensalmente, para dialogar com as professoras. Assim, uma vez ao mês, após um maravilhoso café da tarde, três integrantes do grupo apresentam às professoras sua formação leitora, ou seja, indicam como se tornaram leitores, o que gostam de ler e quais seus autores, gêneros e títulos prediletos.
Na escola existe biblioteca, livros, sala de leitura, professoras leitoras, crianças que gostam de ler e uma coordenadora que ama ler. E uma diretora que apoia. No entanto, há um pequeno grupo que ainda não descobriu as delícias da leitura literária.
No primeiro encontro, 11 de junho de 2019, entre as 16 e as 18 horas na Escola Municipal de Ensino Fundamental Nossa Senhora de Lourdes, fomos Camila, Ieda, Alisson e a Coordenadora, professora Cristina Rosa. A ideia dessa presença é revelar às professoras por que gostamos de ler, como nos formamos leitores e quais os livros que mais admiramos. Assim, estou convidando cada um de vocês a organizarem um pequeno memorial de sua formação como leitor. Pode ser oralmente, por escrito ou utilizando imagens e Power Point.

CRONOGRAMA:
11/06 - Abertura do programa
Como me tornei leitor? As memórias e os livros prediletos de Alisson Castro Batista e Camila Pierzckalski.
Mediação: Cristina Maria Rosa
21/08 - Café Pedagógico
Como me tornei leitor? As memórias e os livros prediletos de Márcia Duarte de Souza e Ieda Maria Kurtz de Azevedo.
Mediação: Cristina Maria Rosa
18/09 - Formação Pedagógica
Como me tornei leitor? As memórias e os livros prediletos de Alessandra Steilmann, Luzia Helena Brandt Martins e Roselaine Lima
Mediação: Cristina Maria Rosa
29/10- Formação Pedagógica
13/11- Formação Pedagógica
11/12- Formação Pedagógica


UM POEMA

Mapa de anatomia: o Olho
Fonte: Poesia Completa Volume II. Cecília Meireles.

O Olho é uma espécie de globo, é um pequeno planeta com pinturas do lado de fora. Muitas pinturas: azuis, verdes, amarelas.
É um globo brilhante: parece de cristal, é como um aquário com plantas finamente desenhadas: algas, sargaços, miniaturas marinhas, areias, rochas, naufrágios e peixes de ouro.
Mas por dentro há outras pinturas, que não se veem: umas são imagens do mundo, outras são inventadas.
O Olho é um teatro por dentro.
E às vezes, sejam atores, sejam cenas, e às vezes, sejam imagens, sejam ausências, formam, no Olho, lágrimas.

Restauro e ambientação da Biblioteca Margarida: mais uma ação do PET Educação

Resumo: Com início em 2019, um grupo de estudantes, técnicos e docentes da UFPel se propôs a  intervir para ambientar e qualificar o Espaço Interno da Biblioteca da Escola Pública Municipal Margaria Gastal, no Capão do Leão. Projeto estratégico da Gestão UFPel 2016-2020, conta com a colaboração de diferentes cursos da UFPel e, pela primeira vez, integra comunidade (colaboradores e financiadores da ação), administradores da Escola e da Universidade, Docentes de diferenciados centros, técnicos administrativos que amam ler e estudantes, futuros profissionais na escola e fora dela. O foco é produzir um espaço em que a leitura literária e a formação de leitores sejam prioridade.

O projeto
Originado nas ações da Sala de Leitura Erico Verissimo e apoiado pelo PET Educação, a Assessoria a Bibliotecas Escolares é uma ação de extensão (Ação 563) registrada na plataforma PREC UFPel e aprovada pelo COCEPE UFPel sob o número 277.  
Tem como foco conhecer, projetar, intervir e realizar, em bibliotecas escolares, ações de restauro dos ambientes internos para que a formação do leitor literário ocorra. Desenvolve-se a convite das escolas e busca, como objetivo primeiro, realizar espaços públicos institucionalizados por lei.
A biblioteca escolar, no Brasil, obedece a diferenciados projetos, resoluções e manuais, entre eles, o manifesto, válido em todo o mundo signatário da UNESCO desde 1999. Por ser o mais importante lugar da escola – especialmente por ser o único partilhado por todos e, ao mesmo tempo, representar nossa cultura – é necessário para seu pleno uso, a setorização, iluminação, ambientação e aclimatação.
Espaço mais importante em uma escola, único partilhado por todos e representante do “imenso patrimônio” de “obras valiosíssimas que vêm se acumulando pelos séculos” de acordo com Ana Maria Machado (2002, p. 17), a Biblioteca escolar demanda, para seu pleno uso, setorização, iluminação, ambientação e aclimatação. Mas, preponderantemente, políticas de fruição da arte literária.
As referências
13/09 - Reunião com a equipe
Apoiados em pesquisas sobre a leitura, o livro e a literatura realizadas por pesquisadores como Meireles (1951), Abramovich (1997), Campelo (2002), Zilberman (2003) e Souza e Feba (2011), consideramos que o conhecimento de diferenciados gêneros literários é fundamental na formação de qualquer criança, especialmente quando observamos que parte das famílias não dispõe de repertório, acervos ou hábitos que antecipem ou substituam as práticas escolares de acesso e uso do livro. Além disso, nos cercamos de um estudo sobre os documentos legais – leis, decretos, deliberações, publicações – que normatizam a fundação, existência, manutenção e preservação de bibliotecas escolares no Brasil. O intuito dessas duas atitudes – conceituar e regrar – foi criar um escopo de argumentos para propor um projeto e defendê-lo socialmente.
Cristina Rosa e Diretora Maria Tereza
Restaurar, ambientar, criar metodologias de uso do acervo de modo autônomo.
A metodologia empregada conta com uma abordagem multidisciplinar gerida pela integração entre o olhar da Educação como fim último – promover a leitura –, o da Arquitetura como meio – projetar e intervir em um espaço – e o da Antropologia como questão de pesquisa – responder para quê e para quem a universidade realiza extensão. Esta “abordagem multidisciplinar” resultou no registro de um modo peculiar de ser e estar em grupo: uma ousadia e um desafio representado em três linhas que formam o projeto, o desempenho de funções no restauro do espaço e a pesquisa acadêmica.

Ações
1.                 Agosto: Elaboração do projeto e contatos com Docentes na UFPel;
2.                 Setembro de 2019: reuniões preparatórias (02 e 06/09) com a Direção da escola, representada pela Diretora Maria Tereza Brum Argoud;
3.                 Setembro de 2019: Montagem da equipe e criação de um grupo no Whats App, o “Biblioteca Margarida” (05/09);
4.                 Ida à escola (13/09) para ouvir a Coordenadora da Biblioteca, professora Maria Cristina Prietto Garcia. Nesse mesmo dia, levantamento dos dados (medidas da sala, das aberturas, listagem de móveis, contagem de livros, diálogo sobre reciclagem);
5.                 Definição do primeiro dia de trabalho:  Análise do acervo e separação dos livros adequados e ultrapassados a serem doados para reciclagem (27/09);
6.                 Limpeza e avaliação de paredes, assoalho e aberturas;
7.                 Limpeza do assoalho, que tem muitas camadas de cera;
8.                 Produção de uma planta baixa, com a ambientação adequada;
9.                 Pintura das paredes e criação de um painel em eu uma delas;
10.             Revisão da instalação elétrica, visando segurança e instalação de pontos de luz extras;
11.             Customização de móveis, limpeza, adequação e confecção das cortinas;
12.             Reorganização do espaço, com ambientes definidos;
13.             Organização do acervo, priorizando a leitura literária.

Relatos de quem foi...

“Chegamos à escola, por volta das 9h e 30 minutos, eu Daniela, Profª Cristina Rosa (coordenadora e orientadora do projeto), Débora e Alisson (alunos da Pedagogia FaE/UFPel e PET/Educação) e o Marcos (aluno da Física/UFPel). Era a terceira reunião para o projeto de restauro da biblioteca escolar. Fomos recepcionados pela Diretora, professora Maria Tereza e por uma das professoras de Português da escola, além de conhecermos a professora Cristina, responsável pela biblioteca. Ex-Diretora, contou-nos um pouco de sua história na escola, sua trajetória, algumas melhorias e aquisições da Biblioteca. Iniciamos, então, um inventário de tudo que havia dentro da biblioteca: quantidade de móveis, estantes de livros, mesas, cadeiras, objetos decorativos e outros. Também medimos a sala, as janelas, estantes e outros móveis, para verificarmos o espaço disponível, o que deverá ser mantido e o que deverá se possível, ser retirado ou removido para outro lugar da escola. Tudo isso foi anotado em uma folha e fotos foram tiradas para os nossos registros. Mais tarde, mais alguns estudantes juntaram-se a nós e sentamo-nos para conversarmos sobre nossas primeiras impressões da biblioteca”. Daniela Pires Moreira de Castro

“Aos treze dias do mês de setembro, reuniram-se na biblioteca da Escola Municipal Margarida Gastal (município de Capão do Leão) a diretora da mesma, uma professora de português, a bibliotecária responsável, a professora da UFPel e tutora do PET Educação Cristina Rosa, os alunos do curso de pedagogia da UFPel: Alisson Batista, Débora Monteiro, Angélica KarsburgPaloma Wiegand e Daniela Castroos alunos do curso de física da UFPel: Marcos Alexandre, Renata Schneider, Thissiana Fernandes e André Mello. Foram realizados levantamentos e registros da mobília presente na biblioteca. Também foram realizadas medições das paredes, janelas e porta e construído um rascunho da planta do local. A seguir foi realizada uma conversa sobre algumas ideias iniciais e feito o planejamento das próximas atividades a serem realizadas” Alisson Castro Batista.

“Era manhã, cedo, quando esperávamos na fila do ônibus de apoio da UFPel, em frente ao Instituto de Ciências Humanas (ICH), esquina Centro de Artes, uma outra bolsista e eu. Depois de mais de uma hora pudemos embarcar, e logo chegamos. Lamentavelmente, ao fim da reunião. Mas não em vão, pois observamos o lugar, e o modo como ali era tratado. Acompanhamos as últimas considerações em relação à necessidade de reparo: uma folha cheia, pelo que vi. Há muito que fazer, as expectativas são grandes, o prazo, nem tanto. Contudo, a força de vontade dos envolvidos, a doação de materiais necessários, encontros semanais e planejamentos atrás de planejamentos são ponto de partida para que seja garantido – porque "finalizado", acredito não caber a algo relacionado ao conhecimento – um local acolhedor, não só às crianças, mas à comunidade escolar num geral” Paloma Wiegand.

CRÉDITOS:
Equipe:
Coordenação: Drª Cristina Rosa
ColaboraçãoAlejandro Martins Rodriguez, Aline Ribeiro Paliga e Diuliana Lenadro (CENG); Heloisa Duval de Azevedo (FaE), Lúcia Peres (Assessoria Reitor/UFPel), Patrícia de Borba Pereira (Bibliotecas/UFPel) e Rogéria Guttier (Pró-Reitoria de Extensão e Cultura/UFPel)
Estudantes: Alisson Castro Batista, Angélica KarsburgDébora Monteiro e Paloma Wiegand – Pedagogia; André Mello, Marcos Alexandre, Renata Schneider e Thissiana Fernandes – Física; Daniela Castro – Letras; Carlos Etchepare e Luiz Guilherme Sampaio (CENG).

IV Semana Acadêmica da Conservação e Restauração: PET Educação presente

PET Educação presente na IV Semana Acadêmica da Conservação e Restauração

Estefânia Alves Konrad
Jéssica Corrêa Ribeiro
Cristina Maria Rosa

A IV Semana Acadêmica da Conservação e Restauração teve como tema “A pluridisciplinaridade na Conservação e Restauração”. Convidado a promover uma oficina, o PET Educação foi representado pelas estudantes Angélica dos Santos Karsburg, Estefânia Alves Konrad, Jéssica Corrêa Ribeiro e Paloma Wiegand.
A proposta desenvolvida foi a leitura literária de Azul e Lindo planeta terra nossa casa, de Ruth Rocha e...
A divulgação do evento ocorreu na página oficial da Universidade Federal de Pelotas (https://wp.ufpel.edu.br/semanaconservacaorestauracao/), por meio do site do evento e na página do Face book ‘PET Conservação e Restauro – UFPEL’.

O PET Educação ofereceu uma Oficina de Leitura Literária.
Ela ocorreu no dia 12/09, entre às 16h e às 18h, na Sala 305.
Como materiais: jornais, revistas, tesouras, cola, e atanção, mutia atenção ao planeta.
Disponibilizadas as vagas, os inscritos foram:
1.                  Caroline Megier Meller
2.                  Paulo Gustavo da Cunha Garcia Junior
3.                  Bruna Franca Lemos
4.                  Cristina Dutra e Dutra

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