A literatura infantil recebe homenagens no mundo inteiro em 2
de abril, quando se celebra o Dia Internacional do Livro
Infantil. Data escolhida em memória ao nascimento do escritor dinamarquês
Hans Christian Andersen, é um importante marco pára quem ama o livro e a
leitura.
No Brasil, o Dia Nacional do Livro Infantil é
comemorado em 18 de abril, data de nascimento de Monteiro Lobato,
considerado o inventor da Literatura infantojuvenil. Suas criações, que tem
quase cem anos, continuam sendo apreciadas por crianças, jovens e leitores de
qualquer idade. Em
especial por essa data, integrantes do PET educação estiveram em escolas e em
projetos de leitura literária.
16 de abril
A semana começou com leitura para os pequeninhos do Colégio Alfredo
Simon, nas Três Vendas. O convite, enviado pela Carla Michelle Rodrigues,
Bibliotecária do Colégio, foi recebido com alegria e aceito.
Na tarde
do dia 16, segunda-feira, o Senhor Sabetudo e a Bruxa
Aprendiz estiveram na escola para dar início à Feira do Livro. Na
bagagem, levaram livros que encantaram as crianças.
17 de
abril
Na terça, a professora Cristina Rosa leu O adiado avô,
de Mia Couto a seus alunos da UNATI – Universidade Aberta à Terceira Idade.
Na mesma tarde, a petiana Érica Machado Leopoldo leu Tentação,
um conto de Clarice Lispector extraído de A legião estrangeira,
publicado em 1999. Quer ler um trecho? A seguir:
“Ela estava com soluço. E
como se não bastasse a claridade das duas horas, ela era ruiva. Na rua vazia as
pedras vibravam de calor – a cabeça da menina flamejava. Sentada nos degraus de
sua casa, ela suportava. Ninguém na rua, só uma pessoa esperando inutilmente no
ponto do bonde. E como se não bastasse seu olhar submisso e paciente, o soluço
a interrompia de momento a momento, abalando o queixo que se apoiava conformado
na mão. Que fazer de uma menina ruiva com soluço? Olhamo-nos sem palavras,
desalento contra desalento. Na rua deserta nenhum sinal de bonde. Numa terra de
morenos, ser ruivo era uma revolta involuntária. Que importava se num dia
futuro sua marca ia fazê-la erguer insolente uma cabeça de mulher? Por enquanto
ela estava sentada num degrau faiscante da porta, às duas horas. O que a
salvava era uma bolsa velha de senhora, com alça partida. Segurava-a com um
amor conjugal já habituado, apertando-a contra os joelhos”.
18 de abril
Na quarta, as personagens escolhidas pelas petianas Gabriela
Leal, Priscila Brock e Rafaela Camargo interagiram
com os alunos da escola na qual realizam o estágio em docência nos anos
iniciais, mostrando que as personagens não estão presas aos livros e podem
andar livres pela imaginação de cada um. Cada qual com sua personalidade, as
estudantes/personagens promoveram um dia diferente para as crianças da Escola
Estadual de Ensino Fundamental Nossa Senhora dos Navegantes. E como foi?
Algumas personagens clássicas sairiam dos livros para ler histórias,
entre elas, Emília, que convidava a turma para sua festa, com “Bruxa, Bruxa, venha
a minha festa”. As crianças morriam de medo com seus convidados! Cinderela leu
“O rei que queria alcançar a lua” e Chapeuzinho Vermelho aproveitou o momento
para ler a história de uma prima medrosa, a Chapeuzinho Amarelo.
19 de
abril
Na quinta-feira pela manhã, foi a vez da Bruxa Mor apresentar como é que as bruxas
de espalham pelo mundo. No Curso de Aperfeiçoamento Somos loucos por
livros, teve aula de caracterização, exploração da mala de leitura e
leitura literária do primeiro capítulo de O sítio do Picapau Amarelo,
de Monteiro Lobato.
Nesse mesmo dia, à tarde, Ieda Kurtz de Azevedo completou a formação
das bibliotecárias lendo O príncipe que bocejava, de Ana Maria
Machado aos presentes. Uma semana inteirinha de livros, leitura e deleite, Bem
como deve ser...
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