SIEPE UFPel: PET/Educação presente


Em setembro de 2016, o PET/Educação estará presente, com todas as suas bolsistas, no maior evento de pesquisa da UFPel: a 2ª Semana Integrada de Ensino, Pesquisa e Extensão da UFPel, que será realizada de 26 a 30 de setembro. Com o tema Conhecimento, Sociedade e Diversidade, a Semana irá congregar o 25º Congresso de Iniciação Científica, o 18º Encontro de Pós-Graduação, o 3º Congresso de Extensão e Cultura e o 2º Congresso de Ensino de Graduação. Os trabalhos aprovados para apresentação oral no CIC/UFPel estão a seguir, listados por ordem alfabética de autor. Os resumos completos estarão disponíveis após o evento.

1.                                MICROPOLÍTICAS DE FORMAÇÃO DO LEITOR: A SALA DE LEITURA ERICO VERÍSSIMO
Pesquisadora: CINARA TONELLO POSTRINGER.
Orientadora: Drª. CRISTINA MARIA ROSA
Resumo: O trabalho revela resultados parciais da investigação que trata do impacto da Sala de Leitura Erico Verissimo – inaugurada em 17/12/2015 – entre usuários. Estrutura acadêmica que integra ensino, pesquisa e extensão, a Sala de Leitura tem como centralidade a proposição de micropolíticas de formação do leitor literário. Geograficamente localizada no térreo do ICSH, é vinculada ao GELL – Grupo de Estudos em Leitura Literária e à Faculdade de Educação. O foco inicial da pesquisa foi compreender, entre os usuários, a importância da sala na formação docente. Para tal, escolhi uma das políticas propostas e desenvolvidas como referência: o 2º Curso “Mediadores em Leitura Literária”. Ocorrido em janeiro de 2016, teve 38 inscritos e como produção final um livro digital.

2.                                AUTORES, TÍTULOS E GÊNEROS: A LITERATURA DO PNAIC
Pesquisadora: ÉRICA MACHADO LEOPOLDO
Orientadora: Drª. CRISTINA MARIA ROSA
Resumo: A pesquisa intenciona dar visibilidade à qualidade textual, temática e gráfica de um grupo de livros possuidores do selo “Para o uso nas salas de aula do 1º ao 3º ano”, enfeixados em caixas para o Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa.  Anunciada em junho de 2013 como um “reforço” na “principal etapa da aprendizagem” a primeira remessa de obras literárias para as salas de aula foi de 75 títulos organizados em três acervos. Pensado para dar às crianças a oportunidade de “manusear, explorar, com ou sem a ajuda do professor o mundo dos livros” e oportunizar um contato com a “linguagem, a imaginação e a fantasia” peculiares desse universo da ficção (BRASIL, 2012), o acervo foi composto com obras aprovados no PNBE 2012. Para Junqueira, Silva e Ariosi (2016), os baixos índices de competência em leitura das crianças brasileiras intensificam a preocupação de diversas instâncias a respeito da promoção de leitura no Brasil. Assim, é pertinente que se busque conhecer quais são e como se podem utilizar as obras durante o período de alfabetização infantil. Mas o que é a leitura? E a leitura literária?

3.                                INCLUSÃO – OLHAR DOS COLEGAS DAS SÉRIES INICIAIS E FINAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL
Pesquisadora: GABRIELA AMARAL LEAL
Orientadora: Drª. GILSENIRA DE ALCINO RANGEL
Resumo: A inclusão de alunos com necessidades educacionais especiais no ensino regular tem sido um assunto amplamente discutido atualmente, além de ser um grande desafio, pois, trata-se de um processo árduo e lento e que depende da preparação da comunidade escolar para promover a participação de todos os alunos. O direito à diferença nas escolas provoca certo receio por parte das mesmas, afinal ele acaba por “impor” uma reestruturação no ambiente escolar, a fim de superar toda e qualquer circunstância ou empecilho propiciados pelas especificidades de alunos que necessitem de atenção e compreensão às suas singularidades. Esta estratégia pedagógica deve ser regida sem preconceitos, estigmas ou discriminação.

4.                                BIBLIOTECA ESCOLAR: IMPACTOS DE UMA REFORMA NO ESPAÇO INTERNO
Pesquisadora: IEDA MARIA KURTZ DE AZEVEDO
Orientadora: Drª. CRISTINA MARIA ROSA
Resumo: O trabalho oferece uma análise do impacto, entre alunos e docentes, de um processo de recuperação física do espaço interno de uma biblioteca escolar. Localizada na periferia urbana de Pelotas, a escola atende a aproximadamente 580 crianças e adolescentes, em dois turnos (manhã e tarde) além de ofertar Educação a 243 Jovens e Adultos. As ações de restauro, realocação de móveis e utensílios e uso do acervo estão sendo desenvolvidas por um grupo de estudantes vinculados ao GELL – Grupo de estudos em Leitura Literária e ao Projeto de Extensão Leitura Literária na Escola, ambos abrigados na FaE/UFPel. A Biblioteca que antes existia tornou-se, aos olhos da Direção, inadequada, demandando uma intervenção. Sem acesso a suas rotinas diárias, pois a “reforma” está impactando a vida de estudantes e professores, me propus a conhecer seus pontos de vista e expectativas.

5.                                PROVAS OPERATÓRIAS PIAGETIANAS APLICADAS EM JOVENS COM SÍNDROME DE DOWN
Pesquisadora: MAIARA KATH KRINGEL
Orientadora: Drª. GILSENIRA DE ALCINO RANGEL
Resumo: Criadas por Piaget, as provas operatórias partem de um método clínico, de conservação livre sobre um tema dirigido pelo interrogador que segue as respostas e em alguns casos pede que justifique o que diz. (PIAGET apud DOLLE, 2000, p. 18). Para Weiss, essas provas visam “determinar o grau de aquisição de algumas noções-chave do desenvolvimento cognitivo, detectando o nível de pensamento alcançado pela criança ou adolescente, ou seja, o nível de estrutura cognoscitiva com que opera” (2003, p.106). A Síndrome de Down é uma condição genética que se institui no momento da divisão celular. Normalmente um indivíduo deve ter 23 pares de cromossomos, totalizando 46. Porém, se nesta divisão algum dos pais contribuir com um cromossomo a mais e este se acomodar no par 21, caracteriza-se a trissomia do par 21, que gera a Síndrome. Esta “síndrome quanto ao aspecto cognitivo, normalmente possui um desenvolvimento lento, porém contínuo” (RANGEL, 2010). Este estudo teve por objetivo descrever e analisar a aquisição de pré-requisitos necessários ao desenvolvimento de relações matemáticas de jovens com Síndrome de Down. Para tanto, aplicou-se e analisou-se 4 diferentes provas operatórias de Piaget, a saber: conservação de quantidades, classificação, seriação e inclusão de classes.

6.                                ADULTOS COM SÍNDROME DE DOWN: UM BREVE OLHAR SOBRE SUAS VIDAS E A SOCIEDADE QUE OS CERCA
Pesquisadora: PRISCILA BROCK BARBOSA
Orientadora: GILSENIRA DE ALCINO RANGEL
Resumo: Este trabalho tem como foco principal entender e analisar as narrativas de adultos com Síndrome de Down. Na maioria das vezes, a sociedade não consegue perceber que estes adultos com deficiência podem seguir uma vida como outra pessoa qualquer, apesar de suas dificuldades. Pensando desse modo, utilizaremos os estudos de JOSSO (2004), sobre as narrativas a partir das histórias de vida, as quais nos ensinam que as vivências se tornam experiências autoformadoras de cada indivíduo, e tomaremos como base a teoria sócio-cultural ou sócio-histórica, abordada por VYGOTSKY (1996), que nos remete sobre a relação do indivíduo estar relacionado com o meio social. Segundo VYGOTSKY (1998), um comportamento somente pode ser entendido se forem estudadas suas fases, suas mudanças, e sua história. Assim, o autor defende que não devemos nos preocupar em estudar o produto do desenvolvimento, mas sim, seu processo. Desse modo, estes teóricos serão essenciais para que possamos entender como esses adultos com Síndrome de Down se sentem dentro dessa sociedade, e como será que eles acham que a sociedade os enxerga.

7.                                BIBLIOTECA ESCOLAR: AMBIENTE PARA A LEITURA E A FORMAÇÃO DO LEITOR
Pesquisadora: RAFAELA CANEZ CAMARGO
Orientadora: Drª. CRISTINA MARIA ROSA
Resumo: O trabalho evidencia reflexões sobre a importância de ambientar o espaço da biblioteca escolar tornando-o agradável e acolhedor à leitura e à formação do leitor. O tema surgiu a partir de experiências que o GELL – Grupo de Estudos em Leitura Literária da FaE/UFPel – tem adquirido ao propor e realizar uma reforma na biblioteca de uma escola pública em um dos bairros da cidade de Pelotas. O foco foi conhecer, entre usuários, a influência do ambiente (delimitação de espaços internos, iluminação, mobiliário, cores e adereços) no desejo de frequentar a biblioteca. Observar o modo como as pessoas se portam no espaço é, também, observar sua capacidade de perceber o mundo, sua sensibilidade e cultura, de acordo com TUAN (1980). Citado por Drumond et all (2000), para ele, a “percepção” é algo que pode ser considerado concretamente” é visível no modo como o meio ambiente é construído e modificado”. Para tal, estudantes e professores além de universitários envolvidos na reforma foram ouvidos.

8.                                ATRIBUIÇÕES DO PROFESSOR DO ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO NA EDUCAÇÃO INCLUSIVA
Pesquisadora: RAFAELA ENGRÁCIO DE OLIVEIRA
Orientadora: GILSENIRA DE ALCINO RANGEL
Resumo: A Educação Especial na perspectiva da Educação Inclusiva exige uma série de adaptações do ambiente escolar que vão desde acessibilidade física, formação de professores até a existência de Salas de Recursos Multifuncionais (SRMs), “ambientes dotados de equipamentos, mobiliários e materiais didáticos para a oferta do atendimento educacional especializado” (Decreto nº 6.571/2008). A pesquisa, exploratória e de cunho qualitativo, deve abranger o total de escolas públicas estaduais e municipais, de Pelotas, totalizando em torno de 150 escolas. Como estamos em fase inicial de coleta de dados, neste trabalho será apresentado o resultado da primeira escola investigada. Trata-se de uma Escola Estadual de Ensino Fundamental, com 182 alunos matriculados e 21 frequentam SRMs, destes, 19 são da escola e 2 são oriundos de escolas adjacentes. A professora, há 25 anos na escola, é formada em Educação Especial (UFSM) e tem Especialização em Educação (UFPel) em Violência Doméstica (EaD/USP). Como instrumento de coleta, lançou-se mão de entrevistas semi-estruturadas com perguntas relativas ao andamento do trabalho na SRMs, tendo como foco as atribuições do professor do AEE.

9.                                PROCESSOS AVALIATIVOS DE ALUNOS COM NECESSIDADES ESPECÍFICAS
Pesquisadora: TAMIRES JARA GOULART
Orientadora: Drª. GILSENIRA DE ALCINO RANGEL
Resumo: O presente trabalho visa compreender os processos de avaliação realizados em uma escola pública de Pelotas, a partir da visão dos professores, e se essas avaliações levam em consideração o ritmo de desenvolvimento dos alunos com necessidades específicas. Há muito tempo se fala em inclusão e formas de preparar os docentes para receber alunos com algum tipo de necessidade seja ela física, intelectual ou social. Discute-se muito sobre o direito do aluno com deficiência ingressar nas instituições regulares de ensino. Mas, e a permanência desses, é garantida como? Será que as escolas se empenham em manter esse aluno da mesma forma que se empenham para cumprir a lei? Ou estão apenas cumprindo a lei sem problematizar a permanência e o desenvolvimento deste aluno? Levando esses aspectos em consideração, fica o questionamento sobre a avaliação: será que as formas de avaliar os alunos também progrediram junto com o debate que vem sendo feito sobre a inclusão?

10.                             BRINCAR COM PALAVRAS: A POESIA NA SALA DE AULA
Pesquisadora: TAMIRES LACERDA MACHADO
Orientadora: Drª. CRISTINA MARIA ROSA
Resumo: O trabalho indica resultados parciais ocorridos durante um Curso de Formação de professores que teve como tema central a Poesia. Tendo iniciado no dia 18 de abril de 2016 e com expectativa de duração de 10 semanas, a metodologia proposta foi de uma aula por semana. Os temas – Encontro com a poesia; A música das palavras; Imagens que os versos sugerem; O jogo com o significado das palavras; Quem fala? Alguns tipos de poema; Gêneros híbridos e A poesia infantil no Brasil – foram recebidos por e-mail e enviados ao proponente, o poeta Luis Camargo, que os redimensionou e partilhou com todos os professores envolvidos, também via e-mail. O foco da pesquisa foi identificar conhecimentos prévios dos integrantes – professores que integraram a experiência – a respeito do tema. A questão que representa minha curiosidade é: O que é poesia para as professoras? As respostas foram colhidas em um dos exercícios propostos ao grupo, no qual as professoras declaram como entraram em contato com a poesia.

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Assista e conheça os trabalhos de pesquisa das estudantes de Pedagogia da FaE/UFPel.

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