Imersão cultural em Porto Alegre: passado, presente e futuro

 


Passado, presente e futuro em Porto Alegre

Alisson Castro Batista

No último dia 07 de maio, o grupo PET Educação realizou mais uma de suas viagens de estudos, desta vez a Porto Alegre. A experiência começa muito antes do dia da viagem, tendo início meses atrás, quando iniciamos seu planejamento. A definição da data, locais a serem visitados, percurso e lanchinhos que levaríamos foram alguns dos elementos que constituíram este momento.

Encontramo-nos às 5 horas da manhã, em frente ao Museu do Doce, de onde partimos rumo ao destino. Nosso grupo era constituído não apenas pela tutora, bolsistas atuais e pela Sofia (que é bebê e filha de Letícia, uma das bolsistas), como também pelos últimos estudantes que se desligaram e pela primeira suplente do último processo seletivo. Ou seja, tínhamos, ali, o passado, o presente e o futuro do grupo. Acredito que isso tenha possibilitado interações e conversas bastante interessantes, principalmente no que se refere à recuperação da história do grupo, possibilitando diversas trocas entre as diferentes gerações. Também acredito que contribuiu no sentido de proporcionar a integração dos bolsistas que ingressaram mais recentemente no grupo, com destaque para o fato de que a metade dos participantes passou a integrar o grupo durante o período de pandemia, ou seja, ainda não havia tido a oportunidade de ter contato presencial.

Porto Alegre

Já em Porto Alegre, iniciamos nosso percurso pela Casa de Cultura Mário Quintana, onde estava ocorrendo, na Travessa dos Cataventos, uma Feira Medieval. Nela, exposições de artesanato, apresentações musicais e de dança, bem como, também, um público vestido com trajes temáticos. Uma verdadeira imersão cultural no começo da experiência!

Adentrando a Casa de Cultura fomos recebidos pelo nosso parceiro Felipe Da Silva Rodrigues, que é Bacharel em Comunicação Social e Habilitado em Publicidade e Propaganda, pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (2008); Graduando em Ciências Sociais (UFRGS), estrando em Planejamento Urbano e Regional (PROPUR – UFRGS); Fotógrafo, editor de imagens e vídeos; Pesquisador do Núcleo de Antropologia Visual (Navisual – UFRGS) e do Banco de Imagens e Efeitos Visuais e integra a equipe editorial da Revista Fotocronografias BIEV/PPGAS/UFRGS. Ele nos apresentou uma palestra dialogada, intitulada: Memórias de Porto Alegre. Que ocorreu em dois momentos, sendo o primeiro na Casa de Cultura Mário Quintana. Intitulada: Caminho do meio: Porto Alegre no princípio, esta primeira apresentação nos trouxe as origens de Porto Alegre, recuperando sua história através de relatos muito bem construídos, com informações bastante interessantes, que não costumamos “ouvir por aí”, pois são fruto de estudos aprofundados de quem pertence e se dedica a este campo, como o Felipe. 

Pausa para o almoço

Após este primeiro momento, fizemos uma pausa para o almoço. Uma parte do grupo ficou nas redondezas da Casa de Cultura e outra, escolheu almoçar no Mercado Público. Combinamos horário e local para nos reencontrarmos. Deste último grupo, do qual fiz parte, alguns comeram em um restaurante, no interior Mercado, enquanto outros organizaram um piquenique com os lanchinhos que haviam levado. Mas todos ficaram juntos, em uma grande mesa que criamos ali, juntando várias outras menores. Foi um momento de bastante troca de experiências, com conversas informais e animadas sobre diversos temas.

Rumo ao Iberê

Às 14 horas, reencontramo-nos e fomos, de ônibus, rumo ao segundo local que planejamos visitar: o Museu Iberê Camargo. No caminho até lá, o Felipe foi dialogando com o grupo, dando continuidade à sua apresentação. Neste momento, ele abordou a situação do Muro do Cais Mauá, objeto de diversas discussões e debates na capital há muito tempo. Comentou, também, sobre o intenso processo de transformações que a região está passando.

Desembarcamos em frente ao Museu, local onde foi concluída a segunda parte da apresentação do Felipe, intitulada: Estaleiro Só e Lomba do Asseio: um processo de industrialização na Zona Sul. No gramado que há na orla e tendo o Guaíba bem pertinho, Felipe apresentou um panorama geral acerca das mudanças que estão ocorrendo naquele local, recuperando sua historicidade e nos indicando os caminhos que trouxeram até o contexto atual.

Uma visita guiada

Adentramos a Fundação Iberê Camargo e experimentamos uma visita guiada, proporcionada pelo profissional responsável da instituição: mediação de altíssima qualidade, realizada por um sujeito extremamente preparado para a função.

Pudemos ter acesso ao acervo em exibição de Maria Lídia Magliani, que é considerada, de acordo com a própria Fundação Iberê Camargo, uma das mais importantes artistas brasileiras. A exposição atual tem a curadoria de Denise Mattar e Gustavo Possamai. Foram dois andares de lindas obras, organizadas de acordo com o período histórico-conceitual em que melhor é definida, de acordo com a explicação do mediador. Tivemos, também, acesso ao acervo permanente de Iberê Camargo, que atualmente tem o título: Iberê e Porto Alegre – No andar do tempo. E ao conjunto de obras de Santídio Pereira, intitulado: Incisões, recortes e encaixes.

Cais Embarcadero

Após a visita ao museu, fomos, novamente de ônibus, ao Cais Embarcadero, onde pudemos conhecer como está ocorrendo o processo de utilização dos antigos armazéns do cais, como ambientes culturais, gastronômicos e de lazer.

Após o pôr do sol, demos uma passadinha na Orla do Guaíba, onde pudemos desfrutar de um Chopp artesanal de banana, do típico Quentão e da tradicional pipoca de pipoqueiro. Um jeito harmonioso e aconchegante de finalizar nosso passeio.

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