Uma casa para a cultura
Cristina Maria Rosa
Com início em julho de 1980, a história da Casa de Cultura Mario Quintana partiu da aquisição do prédio do Hotel Majestic. Arrolado como patrimônio histórico após a aquisição pelo governo do Estado do RS em 1982, logo depois, em 1983 é que teve início a transformação em Casa de Cultura que, por Lei estadual (Nº. 7.803 de 8 de julho de 1983), recebeu a denominação de CCMQ - Casa de Cultura Mario Quintana.
Obra
A transformação física do hotel em Casa de Cultura desenvolveu-se de 1987 a 1990. O projeto foi assinado pelos arquitetos Flávio Kiefer e Joel Gorski. A inauguração – 25 de setembro de 1990 – apresentou a “Casa de Cultura Mario Quintana” oficialmente a toda a população do Rio Grande do Sul. Ir a Porto Alegre e não visitá-la tornou-se sinônimo de incompletude.
Espaços
Os espaços da Casa de Cultura Mario Quintana estão voltados para o cinema, a música, as artes visuais, a dança, o teatro, a literatura, oficinas e eventos ligados a todas as formas de arte. Eles homenageiam grandes nomes da cultura do Estado do Rio Grande do Sul.
Um poeta no hotel
Mario Quintana nasceu em
Alegrete, dia 30 de julho de 1906 e, com 20 anos, veio morar em Porto Alegre.
Morou no Hotel Majestic de 1968 a 1980.
Seu primeiro livro publicado
– A Rua dos Cataventos, 1940 – e os demais, entre eles Sapato Florido, Pé de
Pilão, Caderno H, Esconderijos do tempo, Lili inventa o mundo e Velório sem
Defunto, estão todos integrados à Biblioteca Lucília Minssen, especializada em literatura
para crianças.
Poeta, jornalista e
tradutor, trabalhou nos Jornais O Estado do Rio Grande e no Correio do Povo. Como
tradutor, notabilizou-se com sua impecável tradução de Proust. Traduziu a
literatura européia, como Giovani Papini, Virginia Woolf, Voltaire, entre
outros.
Morreu em 5 de maio de
1994, aos 87 anos. Pelo governo do Estado foi imortalizado na Casa de Cultura
que leva seu nome e, principalmente, pelo Quarto do Poeta, uma reconstituição
fiel com móveis e objetos pessoais do escritor.
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