21/09: um dia para lutar por pessoas com deficiência...

 


21 de setembro: Dia Nacional de Luta das Pessoas com Deficiência.

Mariana Paz

           

Tendo em vista a proximidade da data de 21 de setembro, o grupo PET Educação resolveu pesquisar sobre o significado desta data e a sua importância para todas as pessoas. O dia 21 de setembro é especial, pois nos faz refletir sobre a luta das pessoas com deficiência em busca de direitos. Para realizar esta pesquisa, utilizamos uma matéria do site terra.com e um artigo que abrange reflexões sobre a conquista de direitos. Que tal aprender mais sobre este dia e refletir sobre como você pode contribuir nesta luta?

21 de setembro: uma data para marcar a luta...

Este dia foi instituído pela Lei N 11.133, entrando em vigor desde o dia 14 de julho de 2005. A luta pelos direitos das pessoas com deficiência começou muito antes disso, mas a conquista de um dia, instituído por lei, foi um grande avanço, tornando essa luta mais visível e abrangente. A escolha do dia se deu, de acordo com o site terra.com[1], "em função da proximidade com o início da primavera e o dia da árvore, datas que representam o renascer das plantas e simbolizam o sentimento de renovação das reivindicações em prol da inclusão e da participação plena de todos na sociedade"

Reflexões sobre esta causa

A luta das pessoas com deficiência por direitos é diária, refletir sobre a grandiosidade da importância que esta luta possui se faz necessário e urgente. Todo o cidadão possui direitos, sem exceção. Nos últimos anos, este enfrentamento às desigualdades vem se acentuando, e isso é algo positivo.

As pessoas com deficiência representam 15% da população mundial, cerca de um bilhão de habitantes, conforme a Organização Mundial da Saúde (OMS), no Relatório Mundial sobre a deficiência, publicado em 2011. Trata-se da maior minoria do planeta que sobrevive em extrema desigualdade social, como analfabetismo, desemprego e baixa renda. (SÃO PAULO, 2012 apud MAIOR, 2017, p. 30)

Muitos direitos já foram conquistados até agora, mas ainda há muito a se conquistar. Aos poucos e com muito esforço, o modelo de sociedade cheia de exclusão e desigualdades que predominava, vêm sendo modificado, a passos bem lentos.

A presença de diferenças entre os seres humanos tem sido motivo de eliminação, exclusão e formas diversas de segregação das pessoas com deficiência, tomadas como risco à sociedade, como doentes e como incapazes. Em todas essas situações manifesta-se a opressão daqueles que detêm o poder sobre os indivíduos em situação de vulnerabilidade. Da invisibilidade à convivência social, houve longa trajetória representada pelas medidas caritativas e assistencialistas, que mantiveram as pessoas com deficiência isoladas nos espaços da família ou em instituições de confinamento (MAIOR, 2016 apud MAIOR, 2017, p. 30).

Como escreveu a autora, alguns avanços ocorreram. Não podemos deixar de valorizar estes pequenos avanços, pois estamos caminhando em direção a melhorias. Antes isoladas e separadas das demais pessoas em suas próprias casas, depois institucionalizadas, aprendendo algum ofício/ocupação, e agora, no cenário atual, lutando por seus direitos em usufruir de convivência em sociedade, em acesso a escolarização, em possuir emprego e independência. Antes escondidas, agora expostas. Antes ignoradas, agora ouvidas.

Segundo a Convenção sobre os Direitos das pessoas com Deficiência, o conceito de 'deficiência' deve ser ampliado.

A deficiência é um conceito em evolução, de caráter multidimensional, e o envolvimento da pessoa com deficiência na vida comunitária depende de a sociedade assumir sua responsabilidade no processo de inclusão [...] Esse novo conceito não se limita ao atributo biológico, pois se refere à interação entre a pessoa e as barreiras ou os elementos facilitadores existentes nas atitudes e na provisão de acessibilidade e de tecnologia assistiva como resultado das políticas públicas (MAIOR, 2016). Em outras palavras, o conceito de pessoa com deficiência presente na convenção supera as leis tradicionais que normalmente baseiam-se no aspecto clínico da deficiência. As limitações físicas, mentais, intelectuais ou sensoriais são consideradas atributos das pessoas, os que podem ou não gerar restrições para o exercício dos direitos, dependendo das barreiras sociais e culturais que impeçam a participação dos cidadãos com tais limitações (FONSECA, 2007 apud MAIOR, 2017, p. 32).

Com esta citação em mente, é importante refletir sobre a deficiência em sentido amplo, e em adequações para que os direitos atendam a todos os cidadãos, se adequando a cada um. Conclui-se que muitas convenções, leis, políticas e conselhos já foram criados e muitas mudanças estão ocorrendo. Mas vale ressaltar que derrubar as barreiras que impedem o desfrute dos direitos é uma ação onde todos podem e devem participar. Esta ação acontece todos os dias, quando olhamos para o próximo e o vemos como um ser que possui direitos. Contribuir, com pequenas e grandes atitudes para que o outro tenha a sua necessidade atendida, assim como a nossa, é fundamental.

O PET Educação pensa que esta é questão de luta, respeito, empatia e atitude!

E...

Se cada um fizer a sua parte, podemos contribuir para que a desigualdade diminua ou desapareça!.

REFERÊNCIAS

DINO. A importância do dia nacional da luta da pessoa com deficiência. Terra.com.br. 2018. Disponível em: https://www.terra.com.br/noticias/dino/a-importancia-do-dia-nacional-da-luta-da-pessoa-com-deficiencia,5f7e5106f72ff38c2c67487f4a0 f5 605mdcf8n58.html. Acesso em: 02 de setembro de 2020.

MAIOR, Izabel Maria Madeira de Loureiro. Movimento político das pessoas com deficiência: reflexões sobre a conquista de direitos. Inc. Soc., Brasília, DF, v. 10, n. 2, p. 28 - 36. Jan./Jun. 2017.

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