Iberê Camargo e o
impacto de sua obra em nosso olhar: 07/05/2022
Cristina Maria Rosa
Artista de rigor e sensibilidade únicos, Iberê Camargo é um dos grandes nomes da arte brasileira do século XX. Autor de uma obra que inclui pinturas, desenhos, guaches e gravuras, Iberê nasceu em Restinga Seca em novembro de 1914 e, em 1927, iniciou seu aprendizado em pintura na Escola de Artes e Ofícios de Santa Maria. Ao longo de sua vida, exerceu forte liderança no meio artístico e intelectual, mas, ao longo de toda a sua produção, nunca se filiou a correntes ou movimentos. Em Porto Alegre a partir de 1982, produziu duas de suas séries mais conhecidas: os Ciclistas e as Idiotas. Iberê Camargo faleceu em agosto de 1994, aos 79 anos.
Maria...
Maria Coussirat – estudante
do Instituto de Belas Artes – conheceu e se casou com Iberê em 1939. Em 1942,
ano de sua primeira exposição, o casal mudou-se para o Rio de Janeiro, onde
viveram por 40 anos. A Fundação Iberê recebeu de suas mão e em doção, parte
considerável das obras de Iberê. Cuidar, catalogar, preservar e reunir foram hábitos
que Maria cultivou por todo o tempo de sua vida com Iberê. Após a morte do
artista, Maria providenciou que sua memória estivesse em uma instituição, a Fundação
Iberê Camargo.
Em um dos catálogos que há na Fundação Iberê Camargo, uma frase do artista chamou minha atenção. Ele disse e escreveram:
"Importante é encontrar a magia que existe nas coisas, na vida. Do contrário, seria apenas um testemunho visual de um fenômeno ao alcance de qualquer um".
A fundação Iberê Camargo
Entidade cultural
que tem como objetivos a preservação, o estudo e a divulgação da obra do pintor
gaúcho Iberê Camargo (1914-1994), a FIC foi criada em 1995.
Estimulando a
reflexão sobre arte, cultura e educação por meio de programas transdisciplinares
e do fomento à própria produção artística, na Fundação os termos preservar,
investigar e divulgar são palavras-chave.
Com o objetivo de
expandir sua atuação nas artes de forma a desenvolver uma programação mais
diversificada, abrangente e democrática, a partir de um conjunto de programas
públicos que busca dialogar com os variados campos do conhecimento, da
filosofia à antropologia, da psicanálise à ciência política, entre tantas
outras disciplinas, a partir de 2017 a Fundação passou por um intenso processo
de reposicionamento institucional.
Exposições, seminários, encontros com artistas e curadores, cursos, oficinas, entre outras atividades, que versam sobre a obra de Iberê Camargo e sobre temas ligados à arte moderna e contemporânea, articulando, além das artes visuais, as demais manifestações artísticas – como o cinema, a música, a arquitetura, o teatro e a literatura – e os mais diversos campos do conhecimento são, desde então, sua prioridade.
Arquitetura
A sede da Fundação
Iberê Camargo foi projetada pelo arquiteto Álvaro Siza. Criado para abrigar o
acervo e todas as demais atividades, a edificação possui salas expositivas,
átrio, reserva técnica, centro de documentação e pesquisa, ateliê de gravura,
ateliê do programa educativo, auditório, loja, cafeteria, estacionamento e
parque ambiental projetado pela Fundação Gaia.
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