Em uma de suas obras, Ruben Alves diz que “Há escolas
que são gaiolas e há escolas que são asas[1]”. Um grupo de pesquisa pode ser assim também, dependendo
de seus integrantes. Compreendo grupo
como um conjunto de pessoas
que tem ou busca um mesmo objetivo e a pesquisa,
como um processo que objetiva compreender problemas e dar a eles tratamento adequado
até a apresentação de resultados[2].
Para mim, ter sido petiana foi assim: integrei um grupo e pude tornar-me
pesquisadora.
Sei que, quando se entra na Universidade e em um grupo de
pesquisa, nem sempre se conhece os desdobramentos que podem ter essas ações e
desafios. No entanto, se depois de um tempo tu não passares a ter esse olhar
sobre o que se propôs a fazer, então está gastando o tempo em vão.
Penso que, no PET ou em qualquer outro grupo de pesquisa tu
precisas abandonar teus hábitos e tornar-te uma acadêmica. Humana, é claro. Com
falhas, sim. Para evoluir, no entanto, é preciso reconsiderar o ditado “é errando
que se aprende’. Se tu queres sair de fato da mesmice, busque tudo que o grupo
tem a lhe oferecer em termos de conhecimento. Para tal, observe as pessoas, como
pensam e fazem, investigue as razões de seus fazeres, faça perguntas, anote as
respostas, seja humilde e tenha uma posição “na medida certa”. Sobretudo, não
fique em lugar algum só porque te pagam para estar ali!
Para todas nós, durante a graduação este grupo de
pesquisa é como um alimento para a vida toda, porque nele descobrimos muitas
linhas de pesquisa. Ou seja, é um berçário no qual se pode escolher um tema com
o qual temos afinidade e, com dedicação, dar início a uma brilhante carreira. Lembre:
mesmo não dando muita importância para o currículo, mais tarde vamos precisar
dele. Começamos a preenchê-lo quando apresentamos trabalhos em eventos, quando escrevemos
um artigo, organizamos um evento...
Entrei no PET Educação em 01/09/2007. Sou uma das
primeiras integrantes. Durante minha estada como bolsista e sob orientação da Drª Cristina Rosa, desenvolvi a pesquisa intitulada "Curso de pedagogia da FaE/UFPel: 30 anos de história". Foi instigante participar de eventos apresentando seus resultados. Concluí a graduação em setembro de 2015 e, em 2016 ingressei no Curso de
Especialização em Ciências e Tecnologias na Educação do IFSUL, campus CAVG.
Ainda não exerço a profissão de Pedagoga, mas pretendo mudar essa situação em
breve.
Dica de Pedagoga:
Em função de
uma disciplina da Especialização, fiz um Blog. Quando estiver pronto, irá
conter tudo que eu utilizei no Estágio na Educação Infantil, desde o Projeto
apresentado na Escola até meus planos de aula. Deixo aqui um link, pois meus
estudos podem servir de modelo para quem ainda não teve a oportunidade de criar
o seu próprio: http://raquelschmalfuss.blogspot.com.br/
[1] Fragmento retirado de https://contadoresdestorias.wordpress.com/2012/02/19/gaiolas-e-asas-rubem-alves/
[2] Inspirada nos verbetes Grupo
e Pesquisa, disponíveis em: http://www.dicionarioinformal.com.br/pesquisa/
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