Memórias de Leituras literárias


Memórias de Literatura
Mariana Gonçalves Paz

É extremamente agradável rememorar minhas leituras literárias. Me enobrece a alma. Quando se fala de literatura, fala-se de tocar o coração...
Pois bem, já fui tocada.
Defendo que a quantidade não importa tanto quanto a qualidade dos livros lidos. E a qualidade atua como uma variável única para cada indivíduo, pois o que considero ser um texto de qualidade, para você que me lê, pode não ser. Devido a isso, ao recordar a minha infância, me ocorrem três livros que eu amei e por eles me deixei encantar. Suas histórias me movem, me ajudam, me fortalecem e me enriquecem até hoje. Os três livros são: Bíblia, O Patinho Feio e Meu livro de histórias bíblicas.
Aprofundando mais minha visão sobre eles, explico porque eles são especiais de uma forma única para mim. Não busco tratar aqui de religião, mas do impacto que ler esses três livros causaram na min ha formação como leitora.
Meu primeiro livro foi o Meu Livro de Histórias Bíblicas. Ele já estava presente em minha vida mesmo antes de eu saber ler. O amo tanto!
Lembro de minha mãe lendo as histórias contidas nele, de forma detalhada e clara, me ajudando a imaginar os personagens como se eles estivessem ao meu lado. Quando comecei a frequentar a escola, a professora nos contava histórias, e um dia, ela pediu para que cada aluno levasse seu livro preferido. Eu levei o Meu Livro. Lembro até hoje da sensação majestosa de orgulho que irradiava em mim, pois era o MEU LIVRO e ele era incrível para mim. Lembro também, que a professora leu uma de suas histórias a todos e que eu amei ouvir e imaginar mais uma vez aquela história que eu tanto amava.
O segundo livro que me transborda de memórias sem iguais é a Bíblia. Este livro é meu preferido até hoje. Leio e releio, e sempre quero ler mais. Para mim, ela é um manual de como levar a vida de forma mais positiva e feliz. Ao falar da Bíblia, rememoro palavras da minha falecida e tão amada avó, pois, desde minha mais tenra idade, eu a via lendo aquele livro e isso me atiçava a vontade de também ler. Eu ainda não sabia ler. Então, eu a ouvia falar sobre a Bíblia e lembro que ela dizia que aquele livro tinha resposta para tudo. 
Eu o abria e podia quase que ver as palavras se movendo, pois meu imaginário o tornava um livro mágico. Cada vez que eu o abrisse, encontraria letras diferentes.
Outro livro que me enche de sentimentos é O Patinho Feio. Um dos primeiros que li quando entendi as palavras, lembro de me sentir igual ao personagem: diferente, deslocada, feia e solitária. Mas, assim como ele, eu esperava me tornar um belo cisne, e veja só, acho que me tornei...
Infância
Pensar na infância me faz lembrar do meu pai e da minha mãe, sem dúvida. Meu pai morreu quando eu tinha 9 anos e deixou um marco na minha história. Meu pai era um leitor. Ele não possuía nenhum diploma universitário, mas dominava o conhecimento de vários cursos da Universidade. Até hoje, quem o conheceu relembra a sua inteligência. Ele amava gibis. Guardo até hoje suas memórias, e gosto de imaginar como minha vida seria se ele ainda estivesse aqui e visse todo meu esforço em me tornar um ser humano melhor e uma professora leitora.
Minha mãe sempre contou que, quando jovem, amava ler romances. Depois de adulta, perdeu um pouco o gosto pela leitura, mas, depois de um tempo, começou a ler mais, principalmente literatura religiosa. As revistas e livros velhos sempre eram deixados para eu brincar. Eu amava sublinhar e fingir que estava decifrando aquelas letras. Amava quando minha mãe lia para mim, aquele era nosso momento de afeto e aprendizagem.
Resumindo, em minha vida não li muitos livros, mas os que li, são os mais incríveis para mim, pois o ato de ler, seja o livro que for, modifica quem somos. Estas são minhas pequenas, mas únicas e especiais, memórias de literatura.

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