Interpet de Agosto: PET Educação presente!

Ocorreu neste sábado, dia 25 de agosto, mais um InterPET. Organizado pelo PET Artes, o evento contou com parte considerável dos grupos Pet da UFPel.
Na pauta, entre outros pontos, a apresentação do único trabalho científico que os grupos PET da UFPel enviaram ao ENAPET, em Campinas, SP, em 2018: PERFIL SOCIAL, CULTURAL, RACIAL E DE GÊNERO DOS ESTUDANTES DO PROGRAMA DE EDUCAÇÃO TUTORIAL NA UFPEL, trabalho de pesquisa desenvolvido entre 2017 e 2018 pelo estudante de Pedagogia e bolsista PET Educação, Leonardo Capra. A seguir, o resumo enviado ao EnaPET, cujo texto originou a  apresentação de Leonardo em PowerPoint no InterPET de agosto.

PERFIL SOCIAL, CULTURAL, RACIAL E DE GÊNERO DOS ESTUDANTES DO PROGRAMA DE EDUCAÇÃO TUTORIAL NA UFPEL – Projeto de Pesquisa 2018/2019 –
Leonardo Capra[1]; Tiago Rosário[2]; Cristina Maria Rosa[3].
PET Educação, Universidade Federal de Pelotas, Pelotas, Rio Grande do Sul.
EIXO TEMÁTICO: Unidos pela Educação

Resumo: Objetivando conhecer aspectos sociais, culturais, raciais e de gênero e circunscrever possíveis dificuldades que estudantes encontram após entrar no Programa de Educação Tutorial na Universidade Federal de Pelotas, o PET/Educação desenvolve, desde maio de 2018, a pesquisa intitulada Perfil social, cultural, racial e de gênero do estudante PET UFPel. O corpusda investigação é o grupo de 192 estudantes – bolsistas e não bolsistas – que, em 2018, integram os quinze grupos PET na Instituição, a saber, os Grupos PET Agronomia, Arquitetura, Artes Visuais, Computação, Conexão de Saberes-Diversidade e Tolerância, Conservação e Restauro, Educação Física, Engenharia Hídrica, Física, Grupo Ação e Pesquisa em Educação Popular, Meteorologia, Odontologia, Fronteiras-Saberes e Práticas Populares e, também, o PET Educação.As referências teóricas da pesquisa – de cunho qualitativo – podem ser encontradas em estudos que indicam que, nas últimas décadas, a educação superior brasileira foi marcada por forte expansão quanto ao número de instituições, cursos, vagas, ingressantes, matrículas e concluintes em sintonia com as políticas globais de inclusão social, de acordo com Ristoff (2014). Além disso, conclusões de Pizzinato, Hamann, Tedesco e Jalmusny(2017) indicam que, mesmo no ensino superior, há marcas de racismo, sexismo e xenofobia entre os estudantes e seus pares, o que motiva estudos mais aprofundados. Por sua vez, Lima (2010) considera que as fortes desigualdades que marcam a estrutura social brasileira e que ganham contornos mais rígidos quando se inclui o recorte racial, são elementos importantes para que o debate sobre ações afirmativas se consolide no Brasil. Exequível, uma vez que parte considerável dos dados foi coletada  – 93,75% dos informantes já responderam ao instrumento – a pesquisa, que tem como prazo final o ano de 2019, se justifica, ainda, por seu caráter de ineditismo e relevância.
Palavras – chave
Perfil social, cultural, racial e de gênero; Estudante no ensino superior; Auto declaração.

Introdução
O Programa de Educação Tutorial orienta-se pela tríade ensino, pesquisa e extensão e direciona suas ações para a educação e a formação social do universitário, seja na sala de aula, ou fora dela.Através dos planos de trabalho reelaborados ano a ano, cada Grupo que integra o Programa de Educação Tutorial na UFPel desenvolve ações que podem e devem contribuir para a formação de um cidadão crítico, informado e consciente da realidade social na qual vai atuar após os estudos de graduação. Para isso, o PET tem como um de seus objetivos “estabelecer o impacto e a qualidade das ações do grupo na comunidade acadêmica, na população como um todo e na formação do bolsista” (MOB, 2002, p.19). Participando de eventos e dialogando com outros estudantes integrantes do Programa, questões passaram a nos intrigar, entre elas: há um perfil esperado de estudantes que compõem os grupos PET na UFPel? Se sim, qual seria? Como esses estudantes manifestam suas posições políticas? O que entendem por cultura e profissionalização? Quais suas crenças quando a questões de gênero e políticas de cotas étnicas? Como se relacionam com estudantes que possuem concepções opostas ou até mesmo contrárias? Seria possível averiguar o quanto questões regionais, econômicas, de gênero, sexuais e sociais impactam os relacionamentos nos grupos?Uma alternativa para responder a esta problemática foi elaborar uma pesquisa com questões que observassem os aspectos mais relevantes e, assim, possibilitasse conhecer, em cada um dos grupos, diferenças e semelhanças entre estudantes. Uma pesquisa desse cunho – qualitativa e fundada em autodeclaração – tem como foco garantir a fidedignidade dos dados recolhidos. Para Rosa (2017) ser fidedigno em pesquisa é “ser capaz de expressar o que se os dados revelam” permitindo que os estudantes bolsistas percebam a íntima ligação entre as suas respostas e o seu cotidiano. Outro elemento importante é o esclarecimento, aos interlocutores, dos objetivos da coleta de dados e da publicização de seus resultados, o que pode ampliar e incentivar a participação de um maior grupo de estudantes, especialmente no espaço destinado a avaliar o instrumento. Ao ser capaz de revelar, a si mesmo e aos demais, as informações que, em entrevistas, questionários e observações representem o retrato de um tempo, o pesquisador, “mesmo que discorde de resultados de pesquisas a partir de evidências que os dados revelam” (ROSA, 2017), está em busca da fidedignidade.

Metodologia
De cunho qualitativo, a metodologia adotada foi integrada por três ações: estudo– criação das condições de pesquisa –, experimento ou realização dos procedimentos de investigação e reflexão, composta por análise, avaliação e divulgação dos dados. Baseia-se nas concepções do Manual de Pesquisa Qualitativa (LINHARES, 2014) que tem como princípio que “o ser humano não é passivo, mas sim interpreta o mundo em que vive continuamente (...) valorizando assim cada um pela sua diferença, não tratando o homem como objeto, mas sim, como humano que é”. A pesquisa qualitativa, de acordo com Minayo (2011), é aquela em que “num trabalho de campo profícuo, o pesquisador vai construindo um relato composto por depoimentos pessoais e visões subjetivas dos interlocutores, em que as falas de uns se acrescentam às dos outros e se compõem com ou se contrapõem às observações”. Para Silva & Silva (2013), “é crescente a tendência de se interpretar a realidade como uma rede de significações, o que tem conduzido a abordagem qualitativa a trilhar novos caminhos epistemológicos e metodológicos”. Para as autoras, considerar os fenômenos a partir da complexidade na interação de pessoas implica em compreender, como essencial ao pesquisador, o processo de significação entre indivíduos e instituições, ideias, objetos ou situações vivenciadas. A fonte inspiradora para a pesquisa foram os temas propostos pelos GDTs no SulPET 2018. Nele, declarações como a da estudante do PET Farmácia/UFPR – única negra de seu grupo – capturaram nossa curiosidade. Quanto à formação do corpus – tamanho, representatividade e relevância do grupo de informantes e questões a serem capturadas nas relações de pesquisa com estes – a investigação pautou-se pelo desejo de conhecer o que pensam todos os estudantes que estão integrados aos grupos PET da UFPel, no ano de 2018. O grupo de vinte questões e suas múltiplas possibilidades de respostas buscou ser representativo o bastante para oportunizar o traçado de perfis a partir de aspectos sociais, culturais, raciais e de gênero. Importante referir,ainda, que todas as questões presentes no questionário foram de múltipla escolha e nenhum estudante precisou se identificar para respondê-lo e, além das demais possibilidades de respostas, havia, ao final de cada pergunta, as seguintes opções: “Não mensurado nas opções acima” e “Prefiro não declarar”. Os procedimentos para a realização da pesquisa foram: 1) Elaboração de um questionário indicador de tendências em quatro campos: social, cultural, racial e de Gênero que foi submetido à orientação; 2) Elaboração do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido; 3) Submissão à leitura e compreensão das questões a um grupo PET, para observar a necessidade de esclarecimento de uma ou mais questões; 4) Levantamento de informações para delimitação do corpus da pesquisa; 5) Agendamento das reuniões para preenchimento dos questionários; 6) Reuniões com os grupos, entre os dias 08 de junho e 04 de julho de 2018; 7) Organização dos dados; 8) Análise e elaboração das conclusões; 9) Comunicação em eventos.

Resultados e Discussão
A proposição da pesquisa Perfil social, cultural, racial e de gênero dos estudantes do Programa de Educação Tutorial na UFPel surgiu a partir de uma participação em um evento de cunho regional – o SULPET 2018. Outro argumento para sua viabilidade foi o ineditismo do tema: em nenhum momento anterior os grupos foram investigados como um único corpus.As questões que integraram o questionário foram: 1) Está no PET há quanto tempo?; 2) Qual tua renda familiar?; 3) Como te consideras levando em conta Classes Econômicas?; 4) Como avalia o valor da bolsa PET; 5) Acreditas que no PET existam preconceitos de ordem econômica?; 6) Você é advindo de qual região do país?; 7) Acreditas que na seleção exista algum tipo de preferência por estudantes de determinada região?; 8) No seu PET existem pessoas de quantas regiões do país?; 9) Como tu se consideras sexualmente?; 10) Acreditas que dentro do PET possa expressar tua sexualidade livremente?; 11) Seu Pet desenvolve algum tipo de atividade que problematize gênero ou sexualidade? 12) Como te consideras dentro das opções raciais; 13) Quantos estudantes se declaram negros pardos ou indígenas no teu Pet; 14) No teu Pet existem ações afirmativas raciais?; 15) Qual tua posição quanto Cotas no Pet?; 16) O que pensas sobre literatura?; 17) Praticas literatura com que intencionalidade?; 18) De quais eventos PET você participa?; 19) Acreditas que os fatores elencados pela pesquisa impedem sua participação em alguma instância?; 20) Como avalias esta pesquisa? Entre os primeiros resultados, a composição do corpus: quinze grupos compostos por doze bolsistas cada – 180 estudantes – e doze voluntários distribuídos no PET Arquitetura e Urbanismo, Agronomia, Saberes e Conexões, Educação Física e Engenharia Agrícola. Assim, totalizou 192 o total de estudantes envolvidos na investigação como possíveis entrevistados. Pude observar que, entre os bolsistas do programa na Universidade Federal de Pelotas, 110 são mulheres (57,29%) e 70 ou 36,45% são homens. Entre os estudantes voluntários, a maioria também constitui-se de mulheres.Outro dos resultados foi a adesão à pesquisa de todos os presentes nas reuniões. Antes de iniciar o processo, todos foram convidados a preencher o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, autorizando o uso dos dados da pesquisa para fins
científicos.

Conclusões
As primeira conclusões da pesquisa Perfil social, cultural, racial e de gênero dos estudantes do Programa de Educação Tutorial na UFPel, foram exitosas: ao longo de 28 dias 14 dos 15 grupos foram visitados, totalizando 180 estudantes entrevistados. O último grupo será visitado ainda em julho, para a complementação dos dados. A aproximação do pesquisador com os estudantes que compõem os grupos foi bastante profícua, alcançando um dos objetivos inicias da proposta. Como conclusão temporária, percebe-se que a pesquisa foi bem aceita pelos estudantes e tutores. Entre as observações e elogios recebidos destaco: “Espero que traga resultados de volta, excelente ideia!”; “Escolaridade de pai e mãe também seria uma perspectiva importante...”; “Ela é quantitativa ou qualitativa?”; “Arrasou!”. Houve também uma demanda dos tutores para que uma pesquisa similar adaptada aos docentes seja desencadeada. Essa profusão de bons resultados incentivou-nos a publicar análises e dados no Blog https://peteducacao.blogspot.com/, além de fazer, em um próximo InterPET, uma explanação dos passos conquistados e um agradecimento pela adesão dos estudantes à pesquisa.Em breve, parte dos dados será divulgada, com reflexões teóricas que podem contribuir para entender resultados obtidos. O norte será dado pelo Manual de Pesquisa Qualitativa (LINHARES, 2014), que prevê que a “análise de conteúdo é uma técnica de tratamento de dados coletados, que visa à interpretação de material de caráter qualitativo, assegurando uma descrição objetiva, sistemática e com a riqueza manifesta no momento da coleta dos mesmos”.

Referências:
AUGUSTO, Cleiciele Albuquerque; SOUZA, José Paulo de; DELLAGNELO, Eloise Livramento e CARIO, Silvio Ferraz. Pesquisa Qualitativa: rigor metodológico no tratamento da teoria dos custos de transação em artigos apresentados nos congressos da Sober (2007-2011). Revista de Economia e Sociologia Rural. 2013. Vol.51, Nº.4, pp.745-764. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S010320032013000400007&script=sci_abstract &tlng=pt. 
LIMA, Márcia. Desigualdades raciais e políticas públicas: ações afirmativas no governo Lula. Novos estudos. CEBRAP Nº. 87. São Paulo, Julho de 2010. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-33002010000200005.
LINHARES, Elaine de A. Guerra. Manual da Pesquisa Qualitativa. Grupo Ânima Educação Editora, Belo Horizonte, 2014. Disponível em: file:///C:/Users/leona/Downloads/manual_quali.pdf.
MANUAL DE ORIENTAÇÕES BÁSICAS PET. Ministério da Educação. Brasil, 2002. Disponível em:http://portal.mec.gov.br/sesu/arquivos/pdf/PETmanual.pdf.
MINAYO, Maria C de Souza.Análise qualitativa: teoria, passos e fidedignidade. Rio de Janeiro, RJ, Setembro de 2011. Disponível em: https://www.scielosp.org/scielo.php?pid=S1413-81232012000300007&script=sci_arttext&tlng=en
PIZZINATO, A.; HAMANN, C.; TEDESCO, P.; JALMUSNY, Y. Aspectos étnico‑raciais e de gênero na inserção universitária de jovens africanas no Brasil. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/rbedu/v22n70/1809-449X-rbedu-22-70-00732.pdf
RISTOFF, Dilvo. O novo perfil do campus brasileiro: uma análise do perfil socioeconômico do estudante de graduação. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/aval/v19n3/10.pdf
ROSA, Cristina Maria. Fidedignidade: uma questão de pesquisa. Alfabeto à Parte. 08 de Agosto de 2017. Disponível em: <http://crisalfabetoaparte.blogspot.com.br/2017/08/fidedignidade-uma-questao-de-pesquisa.html> Acesso em: 29.06.2018.
SILVA, Thaysa Danyella Lira da & SILVA, Edcleide Maria Da. Mas o que é mesmo Corpus? Alguns Apontamentos sobre a Construção de Corpo de Pesquisa nos Estudos em Administração, Disponível em: http://www.anpad.org.br/admin/pdf/2013_EnANPAD_EPQ1021.pdf


[1]Estudante bolsista do Grupo PET “Educação”. Discente da Licenciatura em Pedagogia da FaE/UFPel.
[2]Colaborador. Discente no Curso de Engenharia Civil da Universidade Federal de Pelotas.
[3]Tutora do Grupo PET “Educação” e Docente do Departamento De Ensino da FaE/UFPel.

Eu sou pesquisador!


Por que defender o sistema público de financiamento de pesquisa? Por que, além de estudar gratuitamente nas Universidades Públicas, estudantes são financiados por editais e programas de Pesquisa no Brasil?
Buscando entender e, mais que isso, defender a necessidade da formação de sujeitos pensantes, inteligentes, críticos, criativos e voltados ao bem comum, decidimos colaborar com a coluna do Repórter Tulio Milman, que convidou pesquisadores apoiados pela CAPES a divulgar seus temas de pesquisa e a importância desses para a sociedade.

Nossas pesquisas:
Convidados a responder ao convite, um grupo de estudantes vinculados ao GELL e financiados pelo Programa de Educação tutorial (PET Educação), respondeu. A seguir, seus textos, todos encaminhados ao email indicado na matéria em Zero Hora de quarta-feira, dia 08 de agosto de 2018.

1.   Pesquiso o Perfil social, cultural, racial e de gênero de um grupo de estudantes que, como eu, são bolsistas na UFPel. Intenciono conhecer se estes encontram impedimentos em suas vidas estudantis por serem como são. O grupo estudado é composto por 192 estudantes bolsistas do Programa de Educação Tutorial na UFPel que, ao revelarem diferentes formas de pensar, agir e conviver, informa sobre as políticas de ingresso (cotas, entre elas) e permanência (bolsas de estudo e relações entre pares, entre outras) nas Universidades Públicas de nosso país. LEONARDO CAPRA – Bolsista GELL/PET/MEC;
2.   Tenho investigado práticas de leitura de estudantes universitários. O objetivo é traçar um perfil do estudante de Pedagogia da UFPel. A pesquisa considera todos os estudantes que, desde 2017, ingressaram na Licenciatura e me interessa saber o que leem, quando e com qual motivação além de conhecer quais seus autores e gêneros prediletos. Com os resultados evidenciados pela pesquisa abrem-se possibilidades de mobilização dos professores formadores com a finalidade de intervir e incentivar a leitura e assim qualificar as práticas docentes de futuros professores. IEDA KURTZ – Bolsista GELL/PET/MEC
3.   Pesquiso o impacto da leitura literária – através de ações organizadas e frequentes –para um grupo de crianças que frequentam o 3º ano do Ensino Fundamental em uma escola pública na periferia urbana de Pelotas.  O foco é a apresentação de autores gaúchos e obras literárias importantes para o repertório cultural dos meninos e meninas que ali estudam, além da formação do hábito da leitura. CLÁUDIA SOUSA – Bolsista GELL/PET/MEC;
4.   Intenciono conhecer o Repertório – prévio e adquirido de leituras literárias e científicas entre estudantes da Pedagogia, futuros professores. Por atuarem na sociedade com crianças desde tenra idade, sua formação como leitores e mediadores é fundamental. A pesquisa visa indicar qualidades e deficiência na formação e oportunizar interferências por parte da instituição (Faculdade de Educação/UFPel) no que tange à qualificação na formação. PAULA PENTEADO – Bolsista GELL/PET/MEC;
5. Pesquiso o impacto de Micropolíticas de Leitura desenvolvidas na Sala de Leitura Érico Veríssimo, localizada no Museu do Doce (Casarão 8 que se localiza no centro histórico da cidade de Pelotas). Através da divulgação em mídias eletrônicas, registro de presenças e instrumentos de avaliação qualitativa, observo se essas políticas atingem públicos diversificados e significativos em termos conceituais e numéricos. CINARA POSTRINGER - Bolsista GELL/PET/MEC;

6. Pesquisamos aspectos relacionados à Inclusão Escolar, em especial, histórias de vida de pessoas com deficiência, como desconstruir a ideia de que incluir é difícil e distante, qual o papel da professora da sala de recursos, relações possíveis entre colegas típico e com necessidades específicas, como avaliar inclusivamente, o ensino da matemática para pessoas com deficiência e como ocorre a inserção de pessoas com deficiência no mercado de trabalho. Importantes para a sociedade como um todo, os resultados tem sido divulgados em eventos científicos (seminários, congressos, palestras). Gabriela Leal, Maiara Kringel, Priscila Barbosa e Tamires Goulart – Bolsistas PET Educação/MEC.

Ainda dá tempo: envie o teu resumo e defenda a premência de mais e mais incentivos à pesquisa nas Universidades do país. E leia os textos já publicados. Eles são interessantíssimos! O endereço para envio de teu resumo é: informe.especial@zerohora.com



Docência Compartilhada na Pedagogia

Docência Compartilhada na Pedagogia: um dos passos na formação do educador
Na última semana de julho de 2018 ocorreu, com muito êxito, o Seminário de Práticas Educativas: Estágio em Docência.
Coordenado por um grupo de professores orientadores de estágio, desenvolveu-se nas tardes de 23 a 2/07, entre às 14 e às 18 horas.

A dinâmica para a preparação e desenvolvimento do seminário orientou-se pelos seguintes passos:
1. Elaboração de um artigo científico a partir da escolha de um aspecto destacado pelo estudante e seu orientador durante a realização o estágio;
2. Apresentação do artigo elaborado, em PowerPoint e por trinta minutos, ao público presente;
3. Diálogo do público com o estudante apresentador, sobre o trabalho realizado.
Ao fim da cada apresentação, os estudantes presentes puderam ouvir pareceres de professores e colegas sobre seu trabalho, além de responder a perguntas relativas a algum aspecto de seu estágio. 

Estágio: o que é isso?
O estágio em docência integra as disciplinas obrigatórias do currículo e ocorre no 9º semestre da Licenciatura em Pedagogia. É durante seu desenvolvimento que as estudantes colocam em prática seus modos de planejar e desenvolver o ensino da leitura e da escrita, além de outros conhecimentos, na escola e com crianças, prioritariamente.
O estágio é planejado e desenvolvido sob orientação de docentes, considera o público a quem se destina, ocorre sempre em escolas publicas das redes – municipal ou estadual de ensino – e busca qualificar as estudantes para o trabalho com diferentes públicos: bebês, crianças ou jovens e adultos.
Datas e personagens
Foi entre os dias 23 e 27 de julho que as estudantes Gabriela Leal, Maiara Kringel, Priscila Brock, Rafaela Camargo e Tamires Goulart – integrantes do Programa de Educação Tutorial (PET Educação) participaram do Seminário de Práticas Educativas: Estágio em Docência, como palestrantes. Aberto ao público, o Seminário ocorreu em um dos auditórios da Biblioteca do CCHS, situado na Rua Alberto Rosa, em frente à FaE/UFPel.
Temas:
Os temas, inseridos nos títulos dos trabalhos apresentados pelas estudantes formandas se encontram aqui, listados por ordem alfabética:
1.                  A dificuldade na desconstrução da concepção tradicional de ensino, pela estudante Tamires Goulart;
2.                  A heterogeneidade de níveis da escrita em uma turma de 3° ano: desafios e estratégias, pela estudante Maiara Kringel;
3.                  A influência da indisciplina nas relações educacionais, pela estudante Rafaela Camargo;
4.                  Disciplina e Multirrepetência em um 3º ano do ensino fundamental com uma perspectiva inclusiva, pela estudante Gabriela Leal;

5.                  Práticas Pedagógicas: intervenções desenvolvidas na perspectiva de igualdade de gêneros no 1º ano do ensino fundamental, pela estudante Priscila Brock.

Parabéns do PET
O PET Educação parabeniza suas bolsistas pelo bom desempenho no evento e reitera aos demais estudantes o quanto esses ritos são relevantes passos para a formação do professor. Pensar, planejar, executar, avaliar e disponibilizar saberes garante o caráter publico - de todos, para todos - da Univesidade e promove a ciência.