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20 junho 2022
20 de junho: um bom dia para ir...
16 junho 2022
PET Educação recebe para um café
Um café para receber...
Cristina Maria Rosa
Na tarde de 13 de
junho de 2022, o Grupo PET Educação – com a presença da tutora, Drª Cristina Maria
Rosa e dos estudantes Alisson, Débora, Lari, Laura, Luzia, Mateus, Paola e Rafaela
– reuniu-se para receber, com um café da tarde, a professora Gilceane Caetano
Porto, recentemente aprovada em processo seletivo à tutoria PET para o período 21/06/2022
a 20/06/2025.
Nessa tarde, presenteamos a professora com um agasalho que contém o Logo do Grupo e uma pastinha com mimos, todos adquiridos com os recursos do Custeio PET 2021.
Além de um pão feito
em casa, oferecemos doce e requeijão, café, água, e chá – uma rotina em nossos
encontros presenciais. Mas, também, aproveitamos para dialogar e apresentar à professora Gilceane, o espaço físico e parte de nossa rotinas. Assim, os temas tratados por
nós, entre as 16 e as 18 horas, foram:
1.
Sala do PET na FaE/UFPel:
usos e atributos;
2.
O acervo do grupo
(equipamentos, arquivos e utensílios);
3. A viagem de estudo que fizemos recentemente;
4.
Estudantes bolsistas
e suas pesquisas em andamento;
5.
O PodCast do Pet:
projeto de todos nós;
6.
As mídias socias que
o grupo mantém (Blog, instagran e WhatsApp);
7.
Os eventos que o
grupo participa: Interpet, SulPet e Enapet.
Desejo
O PET Educação deseja que a professora Gilceane se sinta bem entre nós e que possa ter pleno sucesso em sua Tutoria.
Nós sabemos que receber, tomar café, conversar e abraçar são importantes atitudes em um grupo e, nesta tarde do dia 13 de junho, vivenciamos plenamente esse encontro.
Uma biblioteca infantil para o Assis Brasil?
Mateus Souza e Darlan Porto |
Espaço de Leitura Infantil
Mateus Souza
RESUMO: O projeto Espaço
de Leitura Infantil é resultado de diálogos com o Instituto Estadual de
Educação Assis Brasil, escola situada no centro da cidade de Pelotas, na rua
Antônio dos Anjos, 296. Objetivamos, com ele, reabrir a biblioteca infantil na escola.
As personagens e o início da história...
Eu e Darlan nos
encontrávamos dentro da instituição realizando um estágio de gestão – uma das
disciplinas obrigatórias da Licenciatura em Pedagogia – quando surgiu o
interesse em construir um projeto vinculado à Literatura Infantil. Ingressei no
PET no dia 1 de abril de 2022, e encontrei na biblioteca do Assis Brasil uma
possibilidade de realizar um levantamento do acervo de literatura infantil e infanto-juvenil
ali disponível. Darlan Porto aceitou fazer parte da pesquisa e, juntos,
passamos a estabelecer diálogo com servidoras e servidores da instituição.
A primeira pessoa
questionada sobre a possibilidade de realização do projeto foi a bibliotecária
que atua no turno da tarde, a Lilian. Neste primeiro momento o intuito era
apenas fazer um levantamento do acervo literário. Lilian revelou que havia uma
biblioteca infantil e que a mesma foi fechada na pandemia. Atualmente, a sala é
utilizada para o Atendimento Educacional Especializado (AEE). Com essa
informação, nossos objetivos se ampliaram e o desejo de reabertura da
biblioteca infantil teve início.
No dia 09 de maio de
2022, com a impossibilidade de resgatar a antiga sala onde funcionava a
biblioteca infantil, eu, Darlan e Lilian, nos deslocamos pela escola para
observar possíveis espaços para uma nova biblioteca. Nessas andanças, conversamos
com uma Professora que atua nos anos iniciais. Ela se mostrou animada com a
ideia do projeto e nos convidou a conhecer seu acervo pessoal, guardado em sua
sala de aula. Afirmou que, caso fossem para um lugar a serem lidos pelas
crianças e não encaixotados com o risco de mofarem, se disponibilizaria a abrir
mão deles. Outra pessoa que se dispôs a conversar foi Sílvia Cruz, Coordenadora
dos Anos Iniciais na escola. Foi ela, junto com Lilian, que conseguiu uma sala
situada no pavilhão dos anos iniciais para o novo espaço literário infantil da
escola.
A sala
A sala encontrava-se
cheia de objetos sem utilidade e alguns materiais pedagógicos de uma professora
da escola que foram garimpados e guardados. Diante disso, uma “faxina” foi
necessária, sendo realizada por mim, Darlan, Lilian e Sílvia. Resultado? Vários
sacos de lixo e a esperança de um espaço literário que possa acolher os(a)
pequenos(a) leitores(a).
Grupo no Whatsapp
Dando continuidade
ao projeto, percebemos que outras pessoas e novos diálogos e propostas passaram
a se delinear. Junto com o Darlan, já estávamos em diálogo com Lilian, com
Sílvia, mas também com Bernadete, bibliotecária do turno da manhã e a
vice-diretora da tarde, Margarete. Um grupo no Whatsapp com todas essas pessoas
foi criado por mim, com o intuito de estabelecer um diálogo mais intenso e
pragmático.
Uma matéria sobre...
No dia 11 de maio,
escrevi uma matéria com o objetivo de publicá-la no blog do PET, mas antes
disso, enviei ela no grupo de Whatsapp para que as funcionárias da escola
pudessem analisar e ver se estavam de acordo. Na matéria, o seu conteúdo
abordava o que tinha sido realizado no dia 09 de maio na escola, mas também
possuía algumas pretensões futuras que seriam propostas à escola, entre elas:
1.
Realizar um
levantamento do acervo da literatura infantil existente na escola;
2.
Buscar ampliá-lo
através de doações;
3.
Criar uma campanha
de financiamento coletivo para auxiliar na compra de móveis e ambientação;
4.
Estabelecer pontes
com alunos(a) da Universidade Federal de Pelotas para que pudessem desenvolver
projetos na biblioteca;
5.
Criar a sugestão de
nomes para a Biblioteca infantil;
Pretensões...
Ter colocado essas
pretensões futuras na matéria foi fruto de animação e ansiedade com o projeto,
mas, também, uma forma de gerar um diálogo no grupo de Whatsapp sobre o futuro
e possíveis desdobramentos. Dentro do grupo, Sílvia e Lilian se manifestaram
dizendo que a resposta de aprovação deveria ser da Margarete. Bernadete
destacou que a antiga biblioteca já tinha um nome, sendo batizada por uma
professora chamada Ivete como “Biblioteca Infantil Eva Moura Carapina”,
primeira normalista negra do Assis Brasil. Margarete apenas visualizou as
mensagens e não se manifestou acerca da publicação. Então, como através do
grupo não houve uma resposta concreta, a matéria ficou em suspenso.
Eva Moura Carapina: primeira normalista negra do Assis Brasil
Eu e Darlan
estávamos sentindo que, mesmo que estivéssemos estabelecendo conversas
interessantes presencialmente com essas servidoras do Assis, o diálogo estava
fragmentado. O grupo ainda não tinha realizado uma reunião e as conversas eram
realizadas individualmente, não representando a unidade desejada e nem mesmo
refletindo as projeções acerca das possibilidades do projeto.
19 de maio
Na tarde do dia 19
de maio fomos até a escola com objetivo de estabelecer uma conversa presencial.
Margarete e Sílvia estavam em reunião interna da escola, então nos dirigimos
até a biblioteca onde nos encontramos com Bernadete e Lilian, que nos receberam
de forma agradável. Nesse dia, entre diálogos informais sobre o cotidiano,
conversamos um pouco sobre a biblioteca. Um dos argumentos trazidos por
Bernadete foi sobre a não utilização do nome da antiga biblioteca, pois o
antigo espaço que era utilizado para a biblioteca era maior do que o espaço que
possivelmente vai ser a nova. Outro argumento foi que a escola recentemente
esteve envolvida com um caso de racismo e, manter o nome da primeira normalista
negra poderia gerar interpretações equivocadas.
Lilian, por sua vez,
abordou a possibilidade de substituir a biblioteca infantil por um “canto
literário infantil”, que funcionaria dentro da biblioteca. Seus argumentos:
a)
o pavilhão dos anos
iniciais ser localizado do outro lado da escola;
b)
ter poucas pessoas
para cuidarem do espaço;
c)
Ela e Bernadete são
bibliotecárias daquela biblioteca e que teriam que se responsabilizar por outra
biblioteca;
Contraproposta
A contraproposta
apresentada foi que o objetivo era a criação de uma biblioteca infantil de
responsabilidade coletiva da escola, conectando as professoras dos anos
iniciais, alunos(a) do Curso Normal e formação de pontes entre os(a) alunos(a)
da UFPel. Mas também há um reconhecimento que a falta de recurso humano na
instituição é um problema e não há intencionalidade de ocasionar ainda mais
desgaste nas pessoas que se encontram nela. Então, se não houvesse
possibilidade da elaboração desse espaço, os planos seriam revistos para fazer
um levantamento do acervo e elaboração de um espaço literário dentro da
biblioteca escolar. Nesse mesmo dia encontramos nos corredores da escola a
Margarete, que nos disse que ainda não tinha dado nenhum veredito sobre a
matéria pois queria escrever algumas coisas nela, mas o encontro foi rápido
pois ela estava com afazeres da escola. Então ficamos de construir um projeto
escrito com as propostas e apresentar em uma reunião que, até então, não tinha
um dia certo marcado, mas criou-se no corredor uma intencionalidade.
No dia 23 de maio
estivemos em reunião com Margarete, Lilian e Sílvia. Nessa reunião ficou
acordado que será realizado um espaço literário na sala que foi encontrada no
dia 09, e a escola buscará verbas para reformar o espaço. A instituição anseia
reabrir a Biblioteca Eva Moura Carapina futuramente, mas, antes, precisa
reformar uma sala para realocar o AEE. A reunião foi produtiva e criou certa
unidade e direcionamento no que fazer.
Junho...
Na tarde do dia 01
de junho, dei início ao levantamento do acervo literário, visto que a escola
possui uma interessante quantidade de livros infantis e infanto-juvenis. Esse
levantamento levará um certo tempo para ser realizado.
No dia 02 de junho,
eu, junto com a ajuda de servidores da instituição retiramos todas as classes,
cadeiras e um armário presente na sala. Além disso, dei início na limpeza da
mesma: varri o chão, encerei o parquet e iniciei uma limpeza no forro da sala.
Os objetivos futuros são dar continuidade ao que já vem sendo feito. Algumas propostas que inicialmente tinham sido pensadas foram se adequando às dinâmicas e possibilidades da escola. Haverá uma busca pela escola de todos os materiais e móveis que eram da antiga biblioteca.
Um nome para preservar a memória...
A escolha por nomear
o espaço como "literário infantil" e não de “biblioteca infantil” é
para preservar a memória de Eva Moura Carapina. Todos os esforços de montar
esse espaço literário serão para que, assim que possível, todo o trabalho
desenvolvido possa ser realocado, ocasionando a reabertura da Biblioteca Eva.
14 junho 2022
Despedir-se
Palavras
Cristina Maria Rosa
11 de junho.
Véspera
do dia dos namorados.
Namorados...
Dupla.
Dois.
Ou
três. Ou muitos...
Enamorar-se
é apaixonar-se pelo efeito que temos sobre os outros, estes muitos que nos
cercam, que nos admiram, que nos querem bem.
Mas,
enamorar-se, pode ser, também, cultivar o contrário de nossas belezas, o oposto
de nossos talentos. O oposto, o diferente é tão legítimo quanto. Tão sedutor
como.
E é entre opostos, diferentes, semelhantes, admiradores que se faz uma história no PET na UFPel.
Se
enamorar-se é produzir, em mim mesma e nos que me admiram, um efeito duradouro,
um impacto que reverbera, reconheço que estou ainda, enamorada pelo PET. E,
pelo PET Educação, em especial, que ajudei a criar e do qual hoje me despeço.
Sou
uma Pedagoga.
E,
sim, há diferença entre uma professora e uma Pedagoga.
Mas...
Onde
reside a diferença? Como se “formam” os profissionais que ensinam outros a
serem o que quiserem? Quais as habilidades que só Pedagogos possuem? O que os
diferencia das outras atividades profissionais e dos demais professores?
Uma
Pedagoga é mais que um professora.
Uma
Pedagogo é alguém que pode “roubar um vento e sair correndo com ele”, “criar
peixes no bolso” e ser “ligado em despropósitos”, como ensino Manoel de Barros.
Uma pedagoga gosta “mais do vazio, do que do cheio”, pois os “vazios são
maiores e até infinitos”. Uma pedagoga sabe que “escrever” é o mesmo que
“carregar água na peneira” e, então, aprende “a usar as palavras”. Às vezes,
pode “fazer peraltagens com as palavras” e é capaz de “modificar a tarde
botando uma chuva nela”.
Pergunto
o que seria de uma Pedagoga sem as palavras? Sem a poesia que só existe com as
palavras? O que seria de um Pedagoga sem a Literatura?
Uma
Pedagoga se diferencia dos demais professores porque possui, como ninguém, o
saber – e poder que dele advém – de capacitar cada novo exemplar da espécie
humana em usuário competente da língua escrita.
É a
Pedagoga que aprimora, em cada um de nós, a arte complexa que é a linguagem,
essa “faculdade cognitiva exclusiva da espécie humana” (Bagno, 2014).
Por
saber que a linguagem é a maior conquista da espécie, o domínio dessa arte é
raro, instigante, encantador e inigualável! E nós, sociedade, atribuímos a uma
profissão – à Pedagogia – a condição de ser portador desse poder: saber ler.
Saber
ler e saber ensinar a ler é o que nos distingue!
Utilizar
essa faculdade e tornar os demais apaixonados pelo vigor e insondável beleza
que advém da Literatura é nosso compromisso!
Com
essas palavras me despeço.
Desejando
que as palavras nos tornem enamorados por nós mesmos e pela infinitude que
somos.
Obrigada!