Dia Nacional da Língua Brasileira de Sinais
Márcia Duarte
Em
24 de Abril de 2002, há 19 anos, portanto, foi sancionada a LEI 10.436. Através
dela, o Brasil passou a reconhecer a LIBRAS como o meio legal de comunicação e expressão de pessoas
surdas que compreendem e interagem com o mundo por meio de experiências visuais
e expressam sua cultura pelo uso da Língua de Sinais.
A
Língua Brasileira de Sinais é uma importante ferramenta de inclusão social e
educacional de pessoas surdas. Ela é utilizada como forma de expressão de pensamentos,
sensações, ideias, conclusões e, cabe ressaltar, não substitui a modalidade
escrita da Língua Portuguesa.
Esta
data – 24 de abril – celebra a liberdade de expressão e busca chamar atenção da
sociedade para as dificuldades enfrentadas por pessoas surdas quanto à
acessibilidade e comunicação em suas vidas, no mercado de trabalho e no
ambiente educacional.
A
Língua Brasileira de Sinais é uma língua de modalidade viso-gestual, ou seja, a
sinalização, as expressões corporais e faciais constituem a construção da
estrutura gramatical. Além disso, apresenta níveis fonológicos, morfológicos,
sintáticos e semânticos, como qualquer outra Língua. Cabe esclarecer que ela
não é universal, pois cada país tem a sua Língua de Sinais. Nos EUA, chama-se
ASL (American Sign Language); na França – país de origem da LS – FSL. Há
também, regionalismos e diferenças conforme os diferentes lugares onde é
praticada.
Aprendendo
LIBRAS
O
aprendizado desta língua acontece de forma natural se o surdo é exposto a ela desde
tenra idade. E é essencial, para que o usuários desta forma de comunicação
sejam incluídos em relações com outros usuários, surdos ou não. Além disso, a
LIBRAS é uma forma de comunicação que possibilita o acesso à informação, ao conhecimento
e à comunicação, indispensáveis para a evolução de todos os indivíduos.
Tu
deves estar perguntando: Como aprender a língua de sinais para favorecer a
comunicação e a inclusão de pessoas surdas em ambientes de ouvintes?
Respondo...
Após
a criação da Lei 10.436, as Universidades Brasileiras foram impelidas a
oferecer, em suas grades curriculares, a disciplina de Libras para os alunos
regulares. Fora do ambiente acadêmico é possível buscar o aprendizado da Língua
de Sinais –
e convívio com
a comunidade surda – nas Associações de Surdos e Escolas direcionadas à
educação destes. É nestes ambientes que se pode ter um contato mais amplo e
significativo com a cultura surda e suas peculiaridades.
Valorizando...
Ao
valorizarmos a LIBRAS estamos fornecendo estímulos para que tenhamos cada vez
mais a inclusão e inserção de surdos na sociedade e, além disso, oportunizamos
a construção da identidade, o exercício da cidadania e a erradicação do
preconceito e da exclusão. Para tanto, o dia 24 de Abril existe para que
façamos um debate consciente e esmiuçado em torno da Língua de Sinais, ressaltando a necessidade desta como um meio
de acesso a oportunidades e o respeito às diferenças.
Márcia Duarte é Licenciada em Pedagogia Habilitação Séries Inicias na Faculdade de Educação da UFPel.
Realizou curso de Pós-Graduação em Leitura e Produção Textual na Faculdade de Letras da UFPel.
Aceitou o convite do PET Educação para elaborar este texto e, por isso, agradecemos.
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