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08 agosto 2020

Mulheres e esteriótipos: vamos pensar sobre isso?

Violência e mulheres gordas: estereótipos...
Débora Monteiro
Estefânia Alves Konrad
Luzia Martins

Tipos, modos de ser e estar que diferem do padrão de beleza criados por homens e mulheres são frequentemente estereotipados e agredidos.
Mulheres gordas.
É delas que estamos falando...
Frequentemente perturbadas e muitas vezes agredidas por seu porte físico, que foge dos padrões impostos a todas nós, desde muito pequenas, não é raro ouvirmos palavras de aprovação ou reprovação, dos adultos que nos circundam a respeito de nossa fenotipia e é comum presenciar piadas, deboches e até mesmo ações que agridem e objetivam diminuir a autoestima da mulher.
Esses atos, comum a todas as mulheres, são frequentes na vida de mulheres gordas.
Em muitos casos não há denúncia, por acreditar que não se configura como violência, mas como já sabemos...
É uma violência psicológica e deve ter um fim!
Um caso de violência extrema
Segundo informações do G1, em 2010, três estudantes da Universidade Federal de São Paulo, criaram o “rodeio das gordas”, baseado em incentivar rapazes a agarrar e “montar” em alunas obesas. Como consequência, tiveram que assinar um Termo de Ajustamento de Conduta, diante do Ministério Público tendo como suporte legal a Lei Maria da Penha. Se comprometeram, como pena agregada, a pagar 20 salários mínimos. O terceiro estudante se negou a assinar o termo. Sua sentença, então, foi pagar 30 salários mínimos.
Neste caso percebemos que as mulheres gordas não estão isentas de sofrer violência. Por outro lado, a justiça, em alguns casos, se faz presente e age em defesa das vítimas.
Mulheres trans
Outro núcleo de mulheres que são frequentemente agredidas e espancadas é o das mulheres trans. Alvo direto de ódio e repúdio que ainda há na sociedade a pessoas que usam seus direito de ser o que quiserem.
A primeira rejeição e agressão que sofrem é, na maioria das vezes, em suas famílias. São expulsas de casa e obrigadas a viver nas ruas, onde o cenário de ataques é ainda maior. Segundo informações recentes publicadas na imprensa, o Brasil lidera o ranking de mortes de pessoas travestis e trans. De acordo com Antra, 45% dos assassinatos de LGBT são de pessoas trans. Essa parcela da população brasileira tem nove vezes mais chances de ser morta e a expectativa de vida de uma Mulher Transexual ou de uma Travesti é de apenas 35 anos. Outro dado assustador é que 80% dos assassinos não tem ligação com a vítima e 95% destes assassinatos apresentam requintes de crueldade.
A boa notícia é que em 2019, o senado aprovou a inclusão de mulheres trans na Lei Maria da Penha, originando, assim, um amplo reconhecimento de todas as mulheres e um amparo jurídico para casos de violência contra todas elas. Desta forma, a Lei Maria da Penha se torna fundamental na vida de milhares de mulheres brasileiras. Considerando o Brasil um país extremamente machista é de suma importância ter grandes nomes femininos, como o de Maria da Penha para dar esperança e sede de luta e dignidade para todas nós.

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